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São Paulo, 02 de agosto de 2025

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17/01/2020

Lepe investe em usinagem e projeta crescimento em 2020


(19/01/2020) – Após assistir as suas vendas recuarem 10% no primeiro semestre de 2019 (em relação ao mesmo período do ano anterior), a Lepe – fabricante de autopeças especializada na produção de peças de ferro fundido, incluindo serviços de usinagem, pintura e montagem – encerrou o exercício com crescimento de 5%.

Segundo Wilson de Francisco Júnior, diretor comercial da Lepe, a companhia precisou revisar as suas estimativas após o terceiro semestre. Inicialmente, a expectativa era fechar 2019 com aumento de 20% nas vendas. Após duas revisões, a empresa chegou à nova projeção: 5%. “Ficamos abaixo do que esperávamos, porém sem grandes transtornos. Operamos no azul com as receitas equilibradas, o que é fundamental em um cenário de grandes incertezas como o que estamos vivendo”, afirma.

Em 2020, a Lepe espera crescer um pouco mais, cerca de 7%. De acordo com o diretor da companhia, os clientes falam em crescimento, porém nada muito robusto. “Para buscarmos crescimento de forma consistente é preciso mais competitividade. O Brasil tem uma elevada carga tributária e uma infraestrutura que encarece o custo do transporte. Além disso, o baixo investimento impacta fortemente as empresas, que perdem competitividade diante das companhias estrangeiras”, argumenta Wilson de Francisco.

Dados divulgados pela Abifa – Associação Brasileira da Fundição projetam para 2019 um crescimento de aproximadamente 7% do mercado de fundidos, com produção de 2,44 milhões de toneladas de peças e faturamento de US$ 9 bilhões. “Pode até parecer algo pequeno, mas deve ser comemorado. O nosso crescimento tem sido permanente nos últimos três anos.”, enfatiza. O diretor da Lepe acredita que a recuperação total do setor de fundidos deve ocorrer entre 2022 e 2023, repetindo os desempenhos de 2008 e 2011. Ainda segundo a Abifa, a indústria automobilística é a origem de 54% da demanda das fundições.

Exportações – Em relação às exportações, a Lepe espera crescer de 5 a 7% em 2020. Wilson de Francisco argumenta que a exportação é um trabalho moroso e não deve ser vista como uma solução de curto prazo. “Exportar é uma boa saída e deve ser bem explorada. É uma solução que deve fazer parte de uma estratégia a longo prazo”, afirma.

Em busca de novos mercados, a Lepe está de olho no continente europeu e faz prospecções em países como Alemanha e Inglaterra. Na Alemanha, a empresa registrou um volume expressivo de ofertas, porém, segundo o diretor da companhia, é um mercado que “depois do ápice econômico começa a apresentar queda”. Já na Inglaterra, as empresas aguardam os desdobramentos do Brexit e deixaram seus investimentos em stand by.

“Os preços estão bons, mas ninguém compra por conta desses cenários de instabilidade. Ou seja, vivemos um momento de espera. Enquanto não emplacamos em novos mercados, trabalhamos fortemente junto aos clientes locais, muitos deles globalizados, para mantermos nosso crescimento”, diz o diretor, referindo-se à atuação da empresa no mercado internacional.

Investimento em usinagem – Um centro de usinagem vertical da Hyundai deve começar a operar em janeiro de 2020 na planta LEPE, localizada em Guarulhos (SP). A máquina – que custou cerca de R$ 700 mil – está em fase final de set up. Ela será utilizada para a produção de peças leves, como suportes e carcaças, e deverá produzir 50 mil peças/ano.

“Escolhemos essa máquina por seu custo-benefício. Como ela possui duplo palete, é possível fazer a troca da peça usinada por uma bruta simultaneamente à manufatura de outra peça. Inicialmente, compramos uma unidade para avaliação, mas dependendo dos resultados, outras poderão ser adquiridas no futuro.”, projeta diretor da LEPE.

O equipamento faz parte de um lote de máquinas que a LEPE pretende adquirir, no futuro, para aumentar a sua capacidade de produção de 1,5 milhão para 3,5 milhões de peças/ano. No primeiro semestre deste ano, a empresa divulgou que uma área de 3,6 mil m²- também em Guarulhos – está pronta para receber a unidade de usinagem da Lepe, o que deve acontecer nos próximos anos, somente após a retomada do mercado de fundidos.

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