(11/06/2018) – Após perder cerca de 55% do seu faturamento, resultado da crise que se abateu sobre a economia brasileira nos últimos anos, a Fundição Balancins – que mantém fábricas em Embu e Mogi-Guaçu, em São Paulo – entrou com pedido de recuperação judicial. Fabricante de peças automotivas fundidas, a empresa tem entre seus clientes marcas como Mercedes-Benz, General Motors, Iveco e Scania.
“O setor automobilístico foi um dos que mais sofreu com a crise que estamos vivendo e a parte de caminhões foi ainda pior dentro desse setor. Quem está investindo em novas frotas se não há demanda? É preciso se reinventar, renegociar seus débitos para pagá-los de forma mais alongada, dentro de uma nova realidade”, afirma Douglas Duek, CEO da Quist Investimentos, contratada para assessorar a Balancins neste processo.
A receita da Balancins, que já chegou a atingir R$ 240 milhões/ano, teve queda de 55%, o que levou a empresa a acumular dívidas na casa de R$ 100 milhões. Entre os principais credores estão os bancos Bradesco, Itaú e Santander. “A fundição vinha sofrendo bloqueios trabalhistas, execuções de credores e por isso precisava da proteção judicial para renegociar seus débitos com maiores prazos. A lei é feita para empresas que estão nessa situação delicada, agora eles terão tempo para trabalhar na reestruturação”, explica Carlos Denezszuck, sócio da Dasa Advogados, que também assessora a empresa.
Além do apoio à gestão e processos, a assessoria jurídica e financeira trouxe parceiros para aportar recursos na empresa após a aprovação da Recuperação Judicial pelo Juízo da comarca de Embu-Guaçu, o que garante a continuidade e normalidade das operações. Os assessores estão, ainda, em conversas com investidores e grupos do setor, buscando atrair sócios para o projeto de reestruturação.