Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Privacidade.

São Paulo, 17 de junho de 2025

Apoio:

Anúncio

28/10/2017

Manufatura Avançada: o caminho a ser seguido


(*) Alfredo Ferrari

(29/10/2017) – O tema da Manufatura Avançada, com base nos conceitos da Indústria 4.0, que foram introduzidos há cerca de cinco anos pelos alemães para conceituar os diversos períodos da evolução industrial, vem sendo ultimamente tratado e divulgado fartamente através das academias e das mídias técnicas. Estes conceitos têm sido aplicados, principalmente, por grandes empresas de diversos setores, como automobilístico, aeroespacial, farmacêutico e outros. Esta nova conceituação foi criada graças à evolução dos componentes eletrônicos, como os sensores e os avançados comandos numéricos computadorizados, das máquinas-ferramenta, dos softwares para projeto de produtos e de controle da produção, da robótica, e da tecnologia da informação, como Internet, realidade aumentada, Big Data e computação na nuvem.

Na realidade, a automação da manufatura já é realizada há mais de cinco décadas. Porém, através desses novos desenvolvimentos, o que determinou o surgimento desta quarta revolução industrial foi a capacidade de máquinas e equipamentos poderem comunicar-se automaticamente através de sistemas avançados, tanto de projeto do produto (CAD), como de programação e controle da produção, num ambiente ciberfísico. Com isto, a conectividade entre os diversos elementos da manufatura determinou maiores produtividade e flexibilidade, além de redução de custos.

O longo período de crises no país provocou uma desindustrialização. Com a retomada do crescimento econômico, faz-se necessária a rápida reconstrução e modernização do parque industrial do país, cuja idade média está apontada para cerca de18 anos, objetivando incrementar os seus índices de competitividade e aumentar a produção. Estima-se que mais de 50% desse parque de máquinas está concentrado na pequena e média empresa, onde a maioria delas ainda opera com máquinas-ferramenta convencionais e que necessitam ser substituídas por máquinas CNC, além de passarem a utilizar métodos digitais no projeto de produtos e no controle da produção. Isto é um primeiro passo para essas empresas iniciarem com a Manufatura Avançada e começarem a aplicar os conceitos da Indústria 4.0 de acordo com a necessidade de cada uma. Por outro lado, empresas que já contam com linhas de produção avançadas e estão integradas às modernas tecnologias de manufatura continuarão investindo e aprimorando-se.

Para as empresas que pretendem passar dos métodos de trabalho convencionais para aqueles baseados nos conceitos da era digital, é importante considerar que o empresário deve se conscientizar da necessidade de evoluir tecnologicamente e de promover uma mudança de cultura da empresa. Para tal, ele deverá preparar seus colaboradores, pesquisar e analisar todas as possibilidades de aplicações técnicas para atender as suas necessidades de produção, observar a concorrência e investir nas soluções que proporcionem as melhores relações “custo x benefício”.

Para tal, a formação de mão de obra voltada para as novas tecnologias e a disponibilidade de financiamento em condições justas e acessíveis são pontos decisivos para e evolução da Manufatura Avançada nas indústrias do país, principalmente, para o pequeno e médio empresário que pretende investir para crescer.

“A evolução tecnológica é necessária e irreversível para as empresas de manufatura, garantindo o progresso industrial e incrementando os índices de competitividade. É o caminho a ser seguido”.

(*) Alfredo Ferrari é engenheiro mecânico e vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura. Este artigo foi elaborado para o Canal de Conteúdo “A Voz da Indústria”.

Usinagem Brasil © Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por: