São Paulo, 29 de abril de 2024

07/09/2008

CNC: condições básicas para se escrever um programa-3

(*) Fernando Cassaniga

DESENHO DA PEÇA A USINAR – O programador deve estar munido do desenho do produto usinado e das normas solicitadas para usinagem de furos de conexões, ajustes, rugosidades etc. Estas informações podem estar digitalizadas e abertas na tela do computador ou impressa em papel, dependendo da preferência do usuário.

DESENHO OU A DESCRIÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA – O programador deve estar munido do desenho ou especificação da matéria-prima e das normas solicitadas para referências de usinagem, composição do material, tolerâncias etc. Como no caso do desenho, as informações podem estar impressas ou na tela do computador.

ROTEIRO DE PRODUÇÃO DA PEÇA – É necessário que o programador tenha conhecimento do fluxo de produção operacional da peça usinada. É importante que se conheça o que já foi realizado em operações anteriores e quais as operações seguintes.

CONHECER A MÁQUINA CNC NA QUAL SE REALIZARÁ A OPERAÇÃO – O conhecimento das características técnicas da máquina CNC em que se desenvolverá a usinagem, garante que não se venha programar um posicionamento em fim de curso de um eixo. Que sobrecarregue a mesa com uma peso excessivo, o mesmo para as ferramentas com relação ao tamanho, peso, momento etc.

As principais informações que devem ser conhecidas pelo programador são:
a – eixos, quais são, onde estão e quais são seus cursos de trabalho;
b – diâmetro de passagem da cava e eixo árvore para tornos;
c – comprimento entre pontas para tornos;
d – área de colisão da peça e dispositivo no giro ou movimentação da mesa do centro de usinagem, ou na rotação da placa do torno. Isto para que não ocorram colisões durante os movimentos;
e – limites de peso sobre a mesa de centros de usinagem ou na placa de torno;
f – limites de peso, do momento, e tamanho das ferramentas armazenadas no magazine ou na torre do torno. Peso e momento, para que não caiam do braço ou do magazine durante a força centrífuga de troca, e tamanho, para que não ocorram colisões dentro do magazine no momento de armazenamento das mesmas;
g – limites de torque e potência no fuso ou da placa, em função da rotação de usinagem e do tempo de exposição a esta carga de esforço;
h – limite de força de avanço dos eixos;
i – em quais eixos são permitidas interpolações lineares e circulares;
j – limite do momento de tombamento da mesa em centros de usinagem; 
k – limite do momento radial da mesa em centros de usinagem;
l – tipo de refrigeração disponível;
m – velocidade rápida, aceleração dos eixos, tempos mortos etc.

PROCESSO DE USINAGEM DA PEÇA – O processo de fabricação é o documento que especifica exatamente o que e como deve ser feita a operação. Quais as superfícies que deverão ser usinadas, sobremetais, rugosidades, tolerâncias, ferramentas de fixação (dispositivos), corte e medição, condições de corte (rotações e avanços) etc.

O processo de usinagem é o principal documento de padronização de uma tarefa dentro da produção. Somente após um processo estável e bem definido é que se pode pensar em “tempo padrão”.

“Tempo padrão é o tempo necessário para a execução de uma tarefa em condições normais, por um profissional treinado em processo padronizado e estável”.

** Esta série de artigos continua na próxima semana, com a publicação da parte final.

(*) Fernando A. Cassaniga é instrutor de treinamento da Heller e autor dos livros: “Fácil Programação do Controle Numérico” e “Fácil Programação do Controle Numérico Fanuc”. Site: www.cnctecnologia.com.br 

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