São Paulo, 18 de maio de 2024

06/02/2016

Retorno sobre o investimento em centros de usinagem-III


(07/02/2016) – (continuação) Existem muitos custos frequentemente não calculados associados à manutenção. É importante lembrar que, uma vez iniciada a produção, paradas não programadas podem erodir rapidamente qualquer economia no preço de compra. Como as verbas de manutenção são tipicamente incorporadas aos custos operacionais, elas provavelmente não são contabilizadas no cálculo do ROI para equipamentos. Os custos associados a reparos, manutenção preventiva e quaisquer custos de paradas não programadas devem ser incluídos nos cálculos. Com uma máquina de alto desempenho, esses custos não são os mesmos da operação de máquinas ineficientes e menos confiáveis.


Ao comprar equipamentos, os fabricantes também devem incluir os custos de retirada de operação. O valor residual da máquina deve ser incluído no ROI real. Tipicamente, no final do contrato ou do financiamento, fabricantes devem decidir o que fazer com a máquina. Eles podem se desfazer da máquina ou mantê-la em operação por outros quatro a dez anos. Como a máquina de baixo custo é totalmente depreciada em três anos, ela parece econômica nos livros contábeis. Esse tipo de raciocínio leva os fabricantes a manter a máquina em operação muito além do tempo que seria razoável. Tipicamente, com uma máquina de baixo custo, no quarto ao 12º ano, os custos de manutenção sobem às alturas, a qualidade das peças diminui e o refugo aumenta, tudo isso enquanto os custos das ferramentas perecíveis aumenta. No final de três anos, o valor da máquina é mínimo. Por outro lado, uma máquina de alto desempenho pode prorrogar a vida e aumentar a confiabilidade dos componentes, reduzir os custos de manutenção e reter 50% do seu valor no final de três anos. Esses benefícios devem ser incluídos no cálculo do ROI.

Como a automação pode aumentar o ROI – Muitos fabricantes não levam em consideração o fato de que a automação pode aumentar o uso de uma máquina para até 95% porque as máquinas são mantidas em ciclo. Assim que uma peça é concluída, a próxima peça entra em produção, algumas vezes operando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Troca rápida de tipos de peça resulta em baixo tempo de set-ups na máquina. Mais peças produzidas ajudam a empresa a se tornar mais lucrativa. Ao se incluir o uso mais eficiente das máquinas por meio de um centro de usinagem de alto desempenho, também é possível diminuir o número de máquinas. As empresas podem comprar menos máquinas para obter os volumes de produção desejados.

A automação também permite quantidades de produção flexíveis. O mix e o volume de peças podem ser alterados rapidamente de maneira confiável para satisfazer as necessidades variáveis dos clientes. Os lead times são menores. A automação também reduz os tempos de ciclos, elimina movimentos repetitivos, aumenta a vida das ferramentas e reduz a mão de obra, fornecendo ainda mais peças por turno. O resultado inclui peças de maior qualidade com menos refugo e custos menores por peça.

A empresa pode obter vantagem competitiva no mercado devido ao menor custo de mão de obra e despesas com peças. Todos esses fatores reforçam o fato de que a automação deve ser incluída em qualquer cálculo de retorno sobre o investimento.

Retorno sobre o investimento em centros de usinagem-IV

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