São Paulo, 28 de março de 2024

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10/10/2015

UFU avança nas pesquisas para usinar titânio e níquel


(11/10/2015) – O Lepu – Laboratório de Educação e Pesquisa da Usinagem, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) tem obtidos avanços significativos nas pesquisas de usinagem de titânio, níquel e suas ligas. Esse é um campo de pesquisa já tradicional do laboratório, dirigido pelo professor Álisson Rocha Machado, que há cerca de 30 anos pesquisa a usinagem desses materiais: sua tese de doutorado de 1986 já abordava a usinagem de titânio e Inconel com refrigeração a alta pressão.

Há cerca de três anos, o Lepu deu início a uma rota de pesquisas introduzindo o uso de lubrificantes sólidos no processo de usinagem, com os quais vem obtendo bons resultados. Basicamente, os estudos envolvem a adição de grafite e bissulfeto de molibdênio aos fluidos de corte, tanto em jorro como em sistema MQL (Mínima Quantidade de Lubrificação).

O professor explica que no momento estão em processo de elaboração duas teses de doutorado. Uma específica sobre a usinagem de titânio, na qual os testes têm revelado ganhos em termos de aumento da vida útil da ferramenta e em melhoria da usinabilidade.

A outra tese aborda o níquel e suas ligas e os estudos envolvem ferramentas de metal duro e cerâmicas com whiskers. No caso das ferramentas de metal duro nem todas as condições estudadas apresentaram, mas algumas mostraram resultados bem acima das operações tradicionais, tanto em aumento de vida útil da ferramenta quanto em melhoria da qualidade superficial. As pesquisas com cerâmicas Sialon e mistas têm apurado resultados bastante satisfatórios, seja no que se refere ao aumento da vida útil da ferramenta, quanto força e acabamento superficial.

O professor lembra que as pesquisas com os lubrificantes sólidos tiveram início com a vinda de um aluno de intercâmbio da Índia. “Daí a importância de se promover maior intercâmbio com universidades do Exterior”, diz o professor, destacando que em breve o Lepu irá avançar ainda mais nessas pesquisas com a inclusão do grafeno, “material que possui características que podem oferecer resultados ainda melhores que os que estamos obtendo até aqui”.

Um detalhe é que essas pesquisas têm sido realizadas sem qualquer apoio da iniciativa privada. Embora a Lepu tenha parcerias com algumas empresas, com destaque para a Fundição Tupy, o número de empresas que buscam parcerias com as universidades brasileiras é ainda muito pequeno. “Infelizmente o Brasil não tem a cultura que os Estados Unidos e alguns países da Europa têm. Temos de tirar leite de pedra”, informa.

Machado reconhece que a Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial tem potencializado os contatos entre empresas e instituições de pesquisa. “Porém, isso ocorre basicamente naquelas instituições que já tinham estrutura e que vinham trabalhando em vários projetos de parceria, porque um dos requisitos da Embrapii é que para participar do programa a instituição de pesquisa precisa ter pelo menos R$ 4 milhões de captação anual, o que não é o caso do nosso laboratório”. O professor dá um exemplo: o Senai Cimatec, da Bahia, que captava cerca de R$ 7 milhões/ano, após o convênio com a Embrapii passou a captar R$ 110 milhões.

O professor diz que o Lepu sempre procura envolver empresas nos estudos. “Nós preferimos trabalhar dessa maneira, resolvendo problemas de empresas”, diz. Mas nem sempre isso é possível. “No Brasil, são os centros de pesquisa que têm de procurar as empresas, enquanto nos outros países são as empresas que procuram as instituições”, observa.

Se não tem alcançado o sucesso necessário nas parcerias com empresas, o laboratório tem conseguido publicar pesquisas em renomadas publicações científicas estrangeiras. “Como uma maneira de nós pesquisadores sermos avaliados profissionalmente é através de publicações, temos tido sucesso em publicar em bons jornals, com alto fator de impacto e de qualidade top pela Capes, que é quem faz a qualificação desses periódicos”.

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