(09/08/2015) – Como outras operações em usinagem, a furação profunda envolve riscos. Porém, esta operação tem algumas particularidades. Abaixo alguns cuidados que se deve tomar na realização de furos profundos. Vale dizer que aqui estamos considerando furação profunda seja qualquer operação acima de 9XD, ou seja, a realização de um furo nove vezes maior que o diâmetro da ferramenta utilizada.
De acordo com Deyvid Raniere, engenheiro de Vendas da AMEC do Brasil, o ideal é sempre estabelecer um furo piloto, de no mínimo 2XD, com o mesmo diâmetro da broca que será usada no furo profundo. Isso irá garantir a posição real do furo e consequentemente a qualidade do furo e da peça.
Além disso, o furo piloto – nas bases descritas acima – irá garantir também a segurança da operação. Raniere explica que a tentativa de se introduzir uma broca longa num furo piloto de muito menor diâmetro pode causar acidentes. “A broca pode simplesmente ser danificada, mas o resultado pode ser bem pior, pois quando somado altas rotações com a pressão da refrigeração interna, pode se transformar numa arma”, alerta.
Raniere diz que sempre sugere aos clientes que façam o furo piloto com uma broca curta, com ângulo de ponta igual ou superior ao da broca longa. Depois troque a curta pela longa e que sempre iniciem a operação com baixo rpm, entre 50 e 100 rpm, e avanço de 300 mm/min, com refrigeração desligada. “Isso é o que poderíamos chamar de operação segura”.
A AMEC também produziu alguns vídeos sobre segurança em operações de furação profunda que podem ser acessados no site, além do guia de furação profunda disponível em nossa página: http://www.alliedmachine.com/DeepHoleGuidelines.aspx e https://www.youtube.com/watch?v=Xg5u_rhCoUg