São Paulo, 26 de abril de 2024

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04/07/2015

Grob arruma a casa para recuperar competitividade


(05/07/2015) – Há cerca de dez anos, a planta brasileira da Grob era a de menor custo entre as fábricas do grupo alemão. A partir de 2006, com o aumento do Custo Brasil, a valorização do Real e o aumento dos preços dos insumos, a unidade de São Bernardo do Campo perdeu essa vantagem competitiva, que chegou a permitir que em determinados momentos até 70% de sua produção fosse direcionada ao mercado externo.

“Em 2003, exportávamos não só máquinas mas também fundidos, porque o custo aqui era inferior ao do que a matriz costumava importar da Espanha. Hoje, nosso fundido é igualmente caro”, comenta Michael Bauer, presidente da Grob do Brasil. Num curto período de tempo, o custo de produção no Brasil ultrapassou o custo da fábrica alemã em cerca de 30%.

Essa perda de competitividade iria inviabilizar as exportações da filial, o que – de acordo com o executivo – acabaria por inviabilizar a própria unidade brasileira. Historicamente, as vendas externas representam em média 50% do faturamento da Grob Brasil. “Quando fomos atingidos pelo Custo Brasil, tomamos a decisão de trabalhar com prioridade na eficiência e foco total na produtividade. Desde então nosso slogan é produtividade ou morte”, conta. “Era necessário aumentar a eficiência da operação ou a nossa planta iria desaparecer”.

Elaborado em 2009 e iniciado em 2010, o plano envolveu todos os departamentos da unidade brasileira e todas as seções da fábrica. Foi adotado um conjunto de ações envolvendo desde a implantação de novos recursos e sistemas de informática, implementação de programas de qualidade e produtividade até a mudança do layout da fábrica. Também foram criadas linhas dedicadas para cada componente na Pré-Montagem (com células, ferramentas e sistema Kanban dedicados).

O projeto abrangeu ainda a modernização da área fabril. Foram substituídas cerca de 50 máquinas convencionais. Em seu lugar foram instaladas 20 máquinas modernas, produzidas pela própria Grob. “Esta é uma estratégia adotada pelo grupo que acho excelente. Nada melhor do que mostrar aos nossos clientes que na nossa fábrica usamos as nossas máquinas e que aqui elas fazem qualidade também. Além disso, temos domínio sobre as peças, temos os desenhos e não dependemos de ninguém para a assistência técnica”, observa, frisando que os investimentos em equipamentos e estrutura somaram 13 milhões de euros.

Em palestra durante e evento “Especialistas encontram Especialistas”, que abordou o tema Produtividade, organizado pela Blaser Swisslube no final de junho, Bauer informou que o trabalho realizado permitiu à filial brasileira recuperar a proximidade com os custos da matriz. “Conseguimos nosso objetivo de aumentar a produtividade em 50% nesses quatro anos”, disse. O executivo ressaltou ainda que “o lead time de entrega foi reduzido em 25%; o retrabalho caiu de 15% para 3%; peças faltantes diminuíram de 16% para 5%; as horas extras foram reduzidas em 5%”.

Como resultado, a filial brasileira poderá continuar exportando. “É impossível se manter sem a exportação e não queríamos perder a nossa capacidade de participação nos projetos globais do Grupo Grob”. Em entrevista ao site Usinagem-Brasil, Bauer lembrou que o mercado nacional para os produtos da Grob deve ficar retraído pelos próximos dois anos. “Daí, a importância de todas essas atividades que realizamos. Se não tivéssemos feito o que fizemos agora não estaríamos aptos a exportar sem perder rentabilidade”.

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