(20/05/2015) – Novos processos para o corte de materiais têm sido desenvolvidos pela indústria visando o aumento da precisão e velocidade na produção. A tecnologia de corte com jato d’água vem ampliando seu espaço no mercado industrial, conquistando clientes nos mais variados setores, desde o alimentício (tem sido empregado para o corte de pães), celulose (no corte de folhas de papel), têxtil até na indústria aeroespacial. Acredite se quiser, a tecnologia pode ser empregada inclusive no corte de titânio.
“Exceto o vidro temperado, que não resiste à pressão da água, qualquer outro material pode ser cortado com jato d’água, de metais duros, a exemplo do titânio, até papel higiênico”, explica Andrea Luka Cazarotti, coordenadora de Marketing da Flow. Com 550 máquinas instaladas no Brasil, a multinacional norte-americana apresenta na feira equipamento com capacidade de corte materiais de até 10 polegadas de espessura.
Além da pressão da água, que equivale a três vezes a velocidade do som, é necessário usar um abrasivo (areia) para se obter o resultado de corte perfeito. “A areia misturada na água funciona como uma serra, sem a qual não seria possível cortar aço, alumínio, plástico e madeira. É uma areia de grão duro, só encontrada nos litorais do sul da África, Austrália e Índia”, diz Marcos Ribeiro, diretor da Dardi. Pela primeira vez na Feimafe, a empresa já vendeu três máquinas na feira. Com preços competitivos, do modelo mais básico (U$ 89 mil) até os mais completos (U$ 200 mil), a expectativa é concretizar outros novos negócios até final do evento.
Para Fernando Lichak, técnico da empresa JetTek, os profissionais que atuam na indústria nacional ainda desconhecem as vantagens da tecnologia do corte com jato d’água. “Falta informação aos projetistas, que não acompanham o funcionamento desse tipo de máquina. Na Feimafe, temos a oportunidade de esclarecer dúvidas, inclusive a respeito do consumo de água”.
