(20/05/2015) – Enquanto diversas áreas da indústria estão saturadas, o mercado de robotistas – profissionais especialistas em robótica, profissão ainda não regulamentada no País – é carente de mão de obra.
Para Rogério Vitali, diretor executivo do Instituto Avançado de Robótica (I.A.R.), o principal problema no Brasil é que as escolas não acompanham a evolução tecnológica das indústrias. “Logo, não temos pessoal qualificado o suficiente para programar robôs. Esses equipamentos exigem conhecimento técnico e preparo do operador, condições fundamentais para se reduzir falhas e recall”.
O I.A.R. apresenta na Feimafe a primeira unidade móvel de treinamento de alta tecnologia dedicada exclusivamente ao ensino de robótica industrial. “O projeto é inovador. Na feira, os visitantes participam de uma demonstração com equipamentos que são aplicados na indústria”, explica. Na unidade móvel, que percorrerá várias cidades do país, os alunos serão treinados nos mais diversos níveis de complexidade, com aulas práticas que simulam a realidade do chão de fábrica.
Vitali chama a atenção para os riscos da concorrência vinda do mercado externo, onde há muitos especialistas em robótica e mecatrônica. “Tramitam alguns projetos para que as empresas brasileiras possam contratar, sem entraves, profissionais vindos da Europa e Ásia, por exemplo. Se as empresas contratarem especialistas de fora, os brasileiros vão perder espaço, pois apesar de competentes, não suprem as demandas do mercado”, atenta.
O salário inicial de um técnico em mecatrônica gira em torno de R$ 2500,00, enquanto o de um engenheiro mecatrônico, é, em média, de dez salários. Além de tudo, é um mercado que permite rápida ascensão.