(20/05/2015) – Uma das principais tendências da manufatura mundial é a Indústria 4.0, que alguns chamam de “4ª. Revolução Industrial”. Para quem acredita que se trata de mais uma conversa futurista, na Feimafe 2015 existem vários exemplos concretos do que este conceito.
"A palavra-chave para entender esse conceito é pensar em interoperabilidade, é máquina falando com máquina, sistemas falando com máquina, com a menor interação humana possível", explica Samuel Bloch, do Centro de Competência em Manufatura (CCM), do ITA. Aliás, o próprio Estande Temático da Feimafe – desenvolvido pelo ITA,com participação da CSMF – Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq e apoio da Reed Exhibitions Alcantara Machado – traz vários exemplos de Indústria 4.0.
"Ainda hoje, dentro das fábricas, dependemos de códigos de barra ou fichas escritas à mão", lembra Bloch, frisando que esse processo é suscetível a muito mais falhas. Dentro do conceito 4.0, a ideia é criar ambientes nos quais máquinas e programas digitais possam se comunicar cada vez mais, deixando ao ser humano a administração de erros, processos fora do parâmetro e outras irregularidades. “É preciso deixar os processos repetitivos para as máquinas”, esclarece o engenheiro.
Para quem quer saber um pouco mais sobre Indústria 4.0 e conhecer alguns detalhes do conceito selecionamos alguns dos vários exemplos presentes na Feimafe:
Estande Temático (M298) – Sob o tema “Manufatura Inteligente pela Produtividade” conta com sete ilhas de tecnologia, cada uma delas abordando um subtema: Planejamento Criativo, Manufatura Aditiva, Internet das Coisas, Robótica Interativa, Manufatura Avançada, Usinagem Integrada e Realidade Aumentada.
Renishaw (A301) – Expõe sensores, pontas e acessórios para máquinas de medição por coordenadas. Apresenta tecnologia de medição em processo, eliminando a necessidade de paradas no equipamento para executar análises e medições das peças que estão sendo produzidas.
DMG Mori (B198) – Apresenta softwares de controle para máquinas de usinagem. O DMG Service Agent é um serviço inteligente de manutenção. O MORI Messenger reduz o tempo ocioso das máquinas.
Schunk (F200) – A Schunk mostra a mão robótica de cinco dedos com eletrônica integrada. Tem sensores táteis nos dedos que garantem a sensibilidade para dominar tarefas de agarre e manipulação. Superfícies de contato emborrachadas garantem a fixação segura dos objetos.
Kuka Roboter (B501) – Os robôs Agilus, da série Small Robots, são construídos com novos padrões de seis eixos, alta velocidade e menor tempo de ciclo. Desenvolvidos para atender, principalmente, indústrias de menor porte, já que suportam cargas menores, os equipamentos foram desenvolvidos para atender as exigências de interoperabilidade da indústria 4.0.
Siemens (B400) – O CNC Sinumerik 808D Advanced foi projetado para interagir com robôs. A ferramenta é destinada, principalmente, à indústria automobilística, por aumentar a produtividade e reduzir, consideravelmente, falhas e chances de recall.
NC Systems (D598) – O NC-MES é uma ferramenta de tecnologia de informação para controle e execução de produção. O sistema coleta dados diretamente no chão de fábrica e armazena as informações da produção na forma de gráficos e relatórios. É possível antecipar falta de recursos, controlar a logística interna da fábrica e quedas de produtividade ou falhas.
Hexagon (B300) – O sistema de medição WLS qFlash faz mapeamento 3D de produtos e identifica falhas, por exemplo, na superfície de um carro. Indica planos irregulares, menor quantidade de matéria-prima, entre outras possibilidades. Pode ser acoplado a um braço robô, dispensando trabalho braçal. No estande, o aparelho está acoplado a um braço robótico da Kuka.
