(15/03/2015) – Em menos de um ano, a LMT Tools do Brasil inaugurou sede em Campinas, abriu centro tecnológico em Caxias do Sul, instalou centro de recondicionamento de ferramentas de geração de dentes de engrenagem em Campinas e se prepara para dar início à reafiação de ferramentas rotativas, a partir de junho, também no prédio da sede no Interior paulista.
E os investimentos não param por aí. A empresa planeja adquirir fábricas de ferramentas no País para dar continuidade aos seus planos de crescimento. “Estamos estudando a aquisição de fábricas para poder oferecer serviços e também a produção de alguns produtos no Brasil”, afirma Flávio Oliveira, diretor-presidente da LMT Tools Brasil. “Hoje importamos os produtos e prestamos alguns serviços através de parceiros, mas queremos poder oferecer tudo o que for necessário para crescer no mercado brasileiro”.
A postura da LMT difere do que ocorre hoje na maioria das empresas que atuam no mercado brasileiro (e não só as do mercado de ferramentas), onde os temas estão se restringindo à retração, redução de custos e postergação de investimentos. Em parte, o ímpeto da LMT se deve ao fato de a empresa estar a pouco tempo atuando diretamente no Brasil. “Por muitos anos, a LMT trabalhou praticamente restrita à área da Europa. Após a separação dos grupos (a empresa mantinha aliança global com a Boehlerit até recentemente), a empresa decidiu focar sua atuação em países fora do continente europeu, como China, Índia, Brasil, México e Estados Unidos e é isso que temos colocado em prática”, explica o executivo.
O executivo destaca que os investimentos estão sendo realizados agora com vistas ao futuro. “Como uma empresa que chegou recentemente ao País estamos investindo pensando a longo prazo e não na situação atual. Se observarmos, as grandes montadoras, como Fiat,VW, GM, Ford, têm vários investimentos programados para daqui 2 ou 3 anos, com pedidos já colocados, negociados… Como elas, não estamos investindo para colher hoje e sim com o objetivo de daqui dois ou três anos ter uma grande participação no mercado brasileiro”.
De acordo com Oliveira, esses investimentos também representam o reconhecimento do potencial do mercado brasileiro pela matriz da LMT, na Alemanha. “O Brasil tem 200 milhões de habitantes, tem um enorme mercado interno, tem óleo e gás, agricultura, indústria automotiva e muita coisa a ser feita na área ferroviária, de caminhões, muito campo a ser explorado. Existe uma situação hoje, mas em 2016 e 2017 vai ser diferente”.
E segundo o executivo o mercado tem sido receptivo aos esforços da LMT. “Hoje estamos 10% acima do planejado para esse primeiro período. Já temos produtos testados e aprovados em mais de 140 clientes, o que é significativo para uma empresa que está no país a menos de um ano”, informa. “Como temos uma linha de produtos muito grande, nosso target é estar presente em 500 clientes dos níveis A e B num curto prazo de tempo”.
