(28/09/2014) – No mês agosto a queda nos negócios no setor de máquinas e equipamentos se acentuou, levando a Abimaq a rever para baixo a expectativa do faturamento em 2014. A projeção de queda no volume de negócios, que estava em 10%, passou para 15%, “com sorte”, como frisou o assessor econômico da entidade, Mário Bernardini. No acumulado do ano (R$ 45,98 bilhões) o faturamento caiu 16,6% em relação a 2013.
No mês de agosto, o faturamento foi de R$ 5,379 bilhões, queda de 5,5% sobre o mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês de 2013, a queda é de 28,7%. Se contabilizados apenas os negócios realizados no mercado interno, as vendas 32,1% abaixo em relação a 2013.
As exportações, que batem recorde histórico, também tiveram queda: 6,7% em relação a julho. As importações também recuaram: 11,8%. As vendas externas já respondem por 45% do faturamento do setor, enquanto a média histórica é de 32%. Destaques para os setores de máquinas para petróleo, com alta de 77,8% no ano, e o de infraestrutura e indústria de base, com 40,7%. Com o aumento, este último segmento responde por 22% do faturamento com exportações, enquanto o de petróleo tem 10,9%.
O consumo aparente em comparação a julho despencou em 28,5%, mas a carteira de pedidos recuou 0,9%. A utilização da capacidade instalada é de 75,5%, 0,2% maior que o resultado registrado em julho, e 2,8% menor que o mesmo mês de 2013. A indústria de máquinas voltou a demitir em agosto e registrou queda de 0,5% no quadro de pessoal. No ano, o setor registra retração de 2,5% no número de funcionários na comparação com 2013, o menor nível desde 2011.
