São Paulo, 23 de abril de 2024

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30/08/2014

Okuma expõe célula de manufatura eficiente e econômica


(31/08/2014) – A Okuma apresentou na semana passada, em sua sede em São Paulo, uma célula de manufatura produtiva e econômica. O evento batizado de “Indústria do Futuro” expôs uma célula inteiramente automatizada, estruturada dentro de um conceito de inovação colaborativa com vários parceiros tecnológicos (Kuka, Sandvik, Renishaw, Schunk, Kas e Caron), e que promete ser cerca de 25% mais econômica e 30% mais produtiva que soluções tradicionais.

“O Brasil perdeu competitividade em relação aos países mais produtivos do mundo. Parte por razões atribuídas a fatores externos, como impostos, câmbio etc., mas parte também devido a componentes internos, como o baixo nível de automação da indústria nacional. Enquanto a Coreia do Sul tem perto de 400 robôs a cada 10 mil funcionários no chão-de-fábrica e o Japão tem cerca de 300, o Brasil tem apenas 6”, explica Mohseen Hatia, diretor-geral da Okuma Latino Americana.

De acordo com o diretor, esse foi um dos ingredientes que motivaram a Okuma a promover o evento e apresentar a solução de uma célula de manufatura automatizada, capaz de operar praticamente sem a intervenção de operadores. Em sua avaliação, para se atingir o nível de produtividade que a indústria brasileira necessita nesse momento não basta apenas uma boa máquina, mesmo que esta conte com os melhores atributos de velocidade, robustez, precisão, confiabilidade etc. “É preciso ter coragem para dar o segundo passo e oferecer soluções completas para se atingir a competitividade sustentável, de longo prazo”, ressalta.

Glauco Bremberger, diretor de Engenharia e Serviços da Okuma, informa que a célula apresentada na semana passada é uma evolução do modelo mostrado na Feira da Mecânica. “É uma solução mais rápida e mais compacta e também mais econômica”, diz, explicando que o novo projeto reduziu em cerca de 30% a área ocupada pela célula, utiliza um robô mais rápido e mais compacto, e houve também uma redução no preço.

Para Bremberger, a célula dentro do conceito apresentado oferece duas grandes vantagens, uma tecnológica e outra econômico. No que se refere a tecnologia, o grande benefício é que se trata de uma célula que trabalha de forma autônoma, dependendo menos da influência e dos erros associados ao operador, que podem ocorrer por mais experiente que seja o profissional. “Por exemplo, toda vez que é feita uma medição da peça alguém precisa interpretar os dados e uma coordenada de 5 ou 6 números precisa ser digitada na tela, o que pode introduzir erros. Nesse conceito é automático. A máquina da Renishaw mede a peça e informa o torno que ajusta a próxima peça em função da anterior. A célula conta também com sistema de gerenciamento de ajuste automático dos dados de corte, que detecta os esforços e ajusta os parâmetros para uma situação ótima. Conta ainda com sistema de troca rápida que agiliza o set-up: o que, num turno de 24 horas, exigiria três horas, com esse sistema é de apenas meia hora. Ou seja, é mais tempo de máquina em operação e mais peças produzidas”.

A célula apresentada é apenas um modelo, segundo Bremberger, e pode ser customizada para utilizar dois ou três robôs, ou outro tipo de máquina que não um torno, como um centro de usinagem, uma retífica ou mais de uma máquina. “A célula é indicada para peças seriadas, mas como o tempo de set up ficou tão baixo é possível também fazer pequenas séries de apenas duas ou três peças”.

Segundo Mohseen Hatia, uma das principais vantagens econômicas está no modelo de negócio desenvolvido com os parceiros. Nesse modelo, o cliente tem um único responsável pelo projeto, no caso a Okuma, mas adquire cada um dos componentes da célula diretamente dos respectivos fornecedores. Com isso, se elimina a bitributação e se reduz o preço do conjunto entre 10 e 20%, dependendo da alíquota de cada um dos produtos.

“Com esse modelo de share key, a Okuma está convidando os clientes a fazer contas de uma forma diferente, do que apenas ver o preço individualmente dos equipamentos. E eles vão ficar muito surpresos ao constatar que o custo de uma solução integrada é muito mais baixo do que adquirindo os componentes isoladamente”, observa.

Hatia reconhece que o mercado brasileiro não vive momento favorável para investimentos, em que vários fatores estão levando à postergação de projetos. De outro lado, frisa que é com o emprego de células de manufatura automatizadas que os principais concorrentes da indústria brasileira no mundo estão trabalhando. Assim, embora não espere resultados imediatos em termos de vendas da solução apresentada, lembra que este é o momento de os clientes elaborarem seus projetos para estarem preparados quando o mercado retomar. “Aqui, estamos encorajando os clientes a testar esse modelo”.

Quanto ao interesse, em sua opinião, basta olhar o número de inscritos para visitar a exposição: mais de 150. “Além disso, a maioria das empresas com quem temos conversado nos últimos meses está pensando em projetos similares, com o emprego de células, ainda que com diferentes de níveis de automação. É esse tipo de solução que vai melhorar o custo por peça produzida”.

CÉLULA – O sistema apresentado contava com os seguintes componentes:

Okuma – Torno CNC multifuncional Okuma Genos L200E-M, capaz de tornear, fresar e furar peças com até f200mm x 400mm, equipado com spindle de 11kW e 4500 rpm, ferramentas acionadas de 4kW e 6000 rpm e torre VDI de 12 estações, acionada por servomotor com troca automática de 0,1 s/estação.

Kuka Roboter – Robô KR 10 R1100 Sixx, de pequeno porte e alta eficiência, com recursos especiais que reduzem o tempo de ciclo do processo. Possui capacidade de carga de 10 kg, raio de alcance de 1.101mm, 6 eixos programáveis e repetibilidade de ±0,03mm.

KAS Engenharia – Integração, cercas de proteção, esteiras de entrada e saída.

Renishaw – Sistema de medição Equator, versátil, flexível que permite a medição de uma grande variação de peças mesmo no ambiente fabril e sem climatização. Capaz de atingir velocidades de 20 a 30 vezes mais rápidas que os sistemas convencionais. Sua exatidão é comparável aos sistemas usados em laboratórios. Controla de tolerâncias a partir de 0,010 mm.

Caron EngineeringAutoComp: software para controlar offsets de ferramentas automaticamente em função do resultado da medição das peças. Permite o controle das ferramentas sem erros, elimina erros de digitação, alerta o operador quando uma ferramenta necessita ser trocada, mantém dados históricos sobre desgaste de ferramentas e dimensões das peças usinadas. TMAC: Controle adaptativo de monitoramento de ferramentas, protege a máquina CNC de sobrecargas, e disponibiliza importantes informações do processo de corte. Mede a potência utilizada na usinagem e compara com valores pré-definidos.

Sandvik – Sistema de troca rápida Capto, modular de alta precisão e estabilidade. Aumenta a produtividade reduzindo o tempo de máquina parada e a possibilidade de que o offset de ferramenta seja feito fora da máquina, evitando assim erros de operação e digitação.

Schunk – Sistemas de garras e tecnologias de fixação. Garras pneumáticas autocentrantes e placa hidráulica com troca rápida de castanhas. Sistemas altamente flexíveis que permitem a redução do tempo de setup e, por consequência, aumento da produtividade.

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