São Paulo, 20 de abril de 2024

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26/08/2014

38% das engenheiras nos EUA desistem de trabalhar na área

(27/08/2014) – Estudo apresentado na 122ª Convenção Anual da Associação Norte-Americana de Psicologia, realizada em agosto, mostrou que 38% das engenheiras dos Estados Unidos deixam a área ou sequer exercem a atividade. Entre os principais motivos apontados por aquelas que decidem sair estão ambiente de trabalho insalubre e má conduta por parte de superiores e colegas de trabalho. As conclusões constam de estudo realizado pela National Science Foundation, com base em entrevistas com 5.300 engenheiras que se formaram ao longo das últimas décadas, apresentado pela professora Nadya Fouad, da Universidade de Wisconsin-Milwaukee.

As mulheres que continuam na carreira trabalham em média 44 horas por semana, com média salarial entre US$ 76 mil e US$ 125 mil por ano. Cerca de 15% são executivas, sendo um terço gerentes de projetos e as demais – cerca de 50% – fazem parte do corpo técnico. Chefes e colegas que as apoiem, empresas que promovem capacitação dos funcionários e com cargas horárias que permitam organizar a vida fora da empresa foram apontados como os principais motivos da permanência no trabalho.

Maria Rosa Lombardi, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, aponta que a situação brasileira não é muito diferente. O último relatório com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aponta que as mulheres compõem 20% do total de formados em cursos de engenharia. No mercado de trabalho, as mulheres ocupam de 14-15% dos cargos de engenheiro. Lombardi, que pesquisa a inserção das mulheres no mercado de trabalho desde a década de 1990, avalia que a presença da mulher nessas áreas já é bem mais aceita hoje, em comparação com as pouquíssimas engenheiras pioneiras, que se formaram nos anos 1970.

Apesar de ver avanços, ela considera que há um longo caminho a percorrer para uma definitiva inserção das engenheiras no campo profissional. “Existem diversos mecanismos psicossociais que entram nesse jogo de hostilidades dentro do local de trabalho, como piadinhas, descrédito contínuo da capacidade técnica das engenheiras. Esse cenário é válido tanto para as que trabalham em empresas, como para as professoras de cursos de engenharia”, diz.

Para a pesquisadora, existem variações consideráveis entre as especialidades. As áreas de mecânica, naval e informática são citadas como algumas das mais resistentes à presença de mulheres. Ao buscarem maior aceitação, na visão de Maria Rosa, as mulheres acabam trabalhando muito mais que os homens, “para mostrar que são tão capazes quanto eles, assumem alguns padrões de comportamento masculino para ser melhor aceitas, enfim trabalham sob estresse maior que os homens”. (Juliana Passos)

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