(24/08/2014) – Projeções da Fiesp divulgadas no dia 20 preveem queda para 16,9% na taxa de investimento total da economia. É o menor nível desde 2006, quando a parcela chegou a 16,4%.
O Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp diminuiu suas estimativas para a formação bruta de capital fixo (FBCF), termômetro do nível de investimentos das empresas. Anteriormente, o Depecon previa queda de 1,1% em 2014. Agora a previsão é de queda de 6,5%. Para o segundo trimestre de 2014, o departamento projeta queda de 5,2% da FBCF, o quarto declínio trimestral consecutivo. “A economia brasileira realmente teve um comportamento esse ano bastante anormal”, avalia o diretor do Depecon, Paulo Francini.
Para os economistas da Fiesp, a economia brasileira deve crescer 0,7% este ano, ante a previsão anterior de alta de 1,4%. A baixa confiança do empresariado, estoques da indústria elevados, crise da Argentina e aumentos da taxa de juros foram os motivos da baixa no prognóstico. A indústria paulista terá uma das principais quedas. Segundo o Depecon, a atividade industrial paulista deve cair 5% em 2014 versus prognóstico anterior de queda de 1,6%.
PIB Industrial – A previsão para o PIB da indústria também foi revisada para baixo. Antes se esperava aumento de 1%, agora a estimativa é de queda de 1,6%. Enquanto o PIB somente da indústria de transformação deve apresentar baixa de 3,1% contra prognóstico anterior de um recuo de 0,8%.
“Claramente os vários indicadores referentes à atividade industrial e à atividade econômica como um todo indicam que as condições da economia brasileira são hoje bastante adversas”, afirmou Francini.
Pelos cálculos do Depecon, o ano de 2014 para o desempenho e emprego na indústria deve se igualar à performance de 2009, ano da crise, no que diz respeito à trajetória negativa. “As condições da economia brasileira são hoje bastante adversas”.