(30/03/2014) – A Guhring do Brasil está na reta fase final dos preparativos para o início das operações da fábrica que está instalando em Salto (SP). Em abril, começam a ser transferidas as primeiras máquinas para a nova planta, processo que deve ser concluído até o final de maio. A inauguração oficial, porém, só deve ocorrer em agosto, após a realização da Copa do Mundo.
A empresa acaba de decidir pela concentração das operações em fabris na nova unidade. Com isso, a fábrica de Joinville (SC), a exemplo do que ocorreu com a de Diadema (SP), também encerrará suas atividades. Jorge Jerônimo, diretor-geral da Guhring do Brasil, explica que, dentro do processo de reestruturação da filial brasileira, iniciado em 2012, chegou-se à conclusão de que era necessário “adequar os custos da empresa à realidade do mercado brasileiro”.
Na opinião do diretor, o mercado brasileiro de ferramentas de corte está muito competitivo e vem sofrendo muito com a enorme pressão da indústria por preços mais baixos. Diante desse quadro, era necessário “trazer também a estrutura da filial para a realidade brasileira, bastante afetada pelo Custo Brasil, onde se inclui o alto custo da mão-de-obra, e enxugar os custos ao máximo possível”.
Jerônimo informa que esta fase final do processo de reestruturação da filial envolveu inclusive a revisão da carteira de pedidos e de clientes, cortando aqueles em que não foi possível rever os acordos comerciais, com o objetivo de equilibrá-la. O processo envolveu ainda o desenvolvimento de processos mais enxutos e ágeis e diminuição do quadro de funcionários. “Praticamente implodimos a antiga empresa e estamos construindo uma nova Guhring do Brasil. No estágio em que estávamos não era mais possível continuar no formato da antiga”, explicou.
O diretor informa que as mudanças não acarretarão em diminuição dos serviços prestados pela filial brasileira. “Pelo contrário, o objetivo é revitalizarmos a área de serviços de reafiação, recobertura, inclusive com a incorporação de novos, como a área de gerenciamentos de ferramentas (nosso primeiro contrato, aliás, entra em vigor em abril), equipamentos de fixação e armários logísticos”.
Para o próximo ano, Jerônimo adianta que estão previstos novos investimentos com a chegada de novas máquinas. “Aí, sim pretendemos introduzir novos produtos à nossa carteira (que preferimos não revelar neste momento) e também agregar a fabricação e reparo de ferramentas PCD”.
Lembrando que a Guhring completa 25 anos de Brasil em 2014, o diretor afirma que esse conjunto de ações irá contribuir para que filial atinja a meta de conquistar 20% de market share no mercado brasileiro de ferramentas rotativas.
