São Paulo, 26 de abril de 2024

Apoio:

Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio

20/07/2013

IPT terá laboratório de estruturas leves

(21/07/2013) – As indústrias aeronáutica, automobilística e de exploração de petróleo e gás no Brasil, entre outros setores, passarão a contar a partir de 2014 com um laboratório para o desenvolvimento de estruturas leves para fabricação de peças com menor peso e custo, porém mais resistentes. O IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas está concluindo a construção do LEL – Laboratório de Estruturas Leves no Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Previsto para ser inaugurado em dezembro de 2013, o laboratório recebeu investimentos de R$ 48 milhões, sendo R$ 27,5 milhões aportados pelo BNDES; R$ 8,3 milhões pela Finep; R$ 2,5 milhões pela Prefeitura de São José dos Campos; e cerca de R$ 10 milhões pelo IPT e pela Fapesp.

“O laboratório está em fase final de construção. Alguns equipamentos já foram instalados e agora está sendo construída a sala limpa (uma área de 1,6 mil m² com controle de temperatura, umidade e partículas)”, informa Luiz Eduardo Lopes, diretor do Cinteq – Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos do IPT, ao qual o LEL pertence.

Com área total de 4,5 mil m², será dedicado ao desenvolvimento de estruturas leves feitas a partir de materiais metálicos (como aço, alumínio e titânio), compósitos (feitos de polímeros com o reforço de algum tipo de fibra, como de carbono, vidro ou celulose, por exemplo) e híbridos (formados a partir da combinação desses dois tipos de materiais).

As três classes de materiais são as mais utilizadas atualmente para desenvolver estruturas leves. “Quando se fala em estruturas leves logo se pensa em material compósito. Mas as estruturas leves podem ser feitas a partir de materiais diversos que tenham a resistência necessária e proporcionem a redução de peso desejada”, explica Lopes.

Para exemplificar, cita o monobloco dos automóveis, composto por estruturas leves de aço. Já os moinhos de geração de energia eólica são constituídos por uma combinação de materiais compósitos e metálicos. Por sua vez, a estrutura dos aviões é formada por alumínio e titânio.

A fim de aumentar a eficiência das aeronaves, as indústrias aeronáuticas, nos últimos anos, passaram a utilizar cada vez mais compósitos em seus projetos, por serem materiais mais resistentes e mais leves. O material, contudo, ainda apresenta limitações para ser utilizado em algumas partes da estrutura de aeronaves.

Além do setor aeronáutico, os compósitos também são aplicáveis a diversos outros setores, como o espacial, o de petróleo e gás, o automotivo e o de energia eólica – os quais o laboratório do IPT pretende atender. Como os campos elétrico e magnético dos compósitos são “transparentes”, esses materiais podem ser muito úteis para aplicação em radomes (estruturas que envolvem radares).

O material também é um forte candidato para substituir estruturas metálicas muito espessas utilizadas hoje na exploração de óleo e gás em águas ultraprofundas de modo a resistir à alta pressão e à corrosão que sofrem nesse tipo de ambiente. “A tendência é aumentar cada vez mais o uso de compósitos para o desenvolvimento de estruturas leves e há uma demanda muito grande por esse tipo de material no Brasil. As perspectivas do laboratório são muito boas”, disse Almeida.

PARCERIAS – De acordo com o pesquisador, o LEL funcionará nos moldes de outros laboratórios do IPT, que buscam atrair empresas e parceiros para realização de projetos em colaboração mediante contrato. O primeiro parceiro industrial do laboratório será a Embraer. De acordo com o pesquisador, porém, o laboratório também foi concebido para atender empresas de todos os setores que buscam reduzir o peso de suas estruturas.

“A indústria aeronáutica é uma usuária tradicional de estruturas leves. Mas também pretendemos estabelecer parcerias com empresas de outros setores que precisam e estão buscando estruturas cada vez mais leves e menos sujeitas à corrosão, como do setor naval e o automobilístico”, informa.

Fonte: Agência Fapesp

Receba notícias
em seu e-mail

Usinagem Brasil © Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por:

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Privacidade.