São Paulo, 29 de março de 2024

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30/10/2021

O que está puxando as vendas de máquinas e equipamentos?


(31/10/2021) – A cada divulgação do balanço mensal do setor de máquinas e equipamentos a Abimaq apresenta nova previsão de índices de crescimento para 2021, sempre maiores que os anteriores. A previsão inicial, feita em janeiro, apontava para alta de 6,9% sobre 2020. Na semana passada, quando da divulgação do balanço de setembro, a expectativa já estava bem mais encorpada, de 25%.

Isto em meio a um cenário de inflação crescente, juros em alta e elevado número de desempregados. Daí a pergunta-título desta reportagem: O que está puxando as vendas de máquinas e equipamentos em 2021, levando-se em consideração que o segundo semestre de 2020 já havia sido bastante positivo para o setor?

“Continuamos com números bons. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o faturamento do setor está 29,5% acima do mesmo período de 2020”, destaca José Velloso, presidente-executivo da Abimaq. E adianta novas previsões: “Ainda não é uma previsão oficial, mas estamos apostando num crescimento de 10% no ano que vem, além dos 25% ou 27% que esperamos alcançar ao final deste ano”.

Na avaliação de Velloso – ainda que o resultado de setembro tenha ficado 4,8% abaixo do apurado em agosto, mas 9% acima do de setembro de 2020 -, vários fatores estão contribuindo para o aumento da demanda por máquinas e equipamentos no Brasil. Entre eles, destaque para o boom global do preço das commodities agrícolas e minerais, setores primários que, quando estão em alta, costumam alavancar a venda de bens de capital mecânicos.

Dois setores são os principais responsáveis pelo aumento do faturamento dos segmentos representados pela Abimaq: agrícola e infraestrutura. As vendas de máquinas agrícolas – que já vinham de um bom crescimento em 2020 – estão agora com alta de quase 50% sobre o ano passado. Já o setor de infraestrutura está puxando as vendas de máquinas rodoviárias, que estão acumulando alta de 76,7% no ano.

“É preciso explicar que máquinas rodoviárias não são utilizadas apenas para construir rodovias. Hoje, cerca de 30% das máquinas rodoviárias são adquiridas pelo setor agrícola e os demais 70% são empregados pelo setor de construção, saneamento, papel e celulose…”, observa.

A isso soma-se o fato de que houve um aumento no consumo de máquinas e equipamentos nacionais, que há dois anos representavam 45% das negócios do mercado interno e hoje respondem por 55%. Aliás, para explicar este ponto, vários fatores tem contribuído para este aumento: a forte desvalorização do real frente ao dólar, o aumento dos fretes internacionais (de quase 400% em alguns casos), além da falta de contêineres no mercado global.

Velloso informa que os armadores estão promovendo leilões de contêineres no mundo e, nesses leilões, os norte-americanos estão fazendo a maioria das aquisições. “Isso porque os norte-americanos colocam produtos de maior valor agregado dentro desses contêineres e, por isso, podem pagar valores mais altos”, explica.

Desempenho Positivo – Em 2021, praticamente todas as 40 câmaras que compõem a Abimaq estão registrando crescimento, com destaque para os segmento relacionados à produção de máquinas e equipamentos para bens não-duráveis (alimentícios, bebidas, farmacêuticos), mas também acessórios e componentes para máquinas, tanto para novas quanto para reposição.

Para completar o quadro de desempenho positivo, o setor ainda contabiliza o aumento das exportações. De janeiro a setembro, as vendas externas cresceram 31,1% sobre mesmo período do ano anterior, com alta em todos os principais destinos. Para a América Latina, o aumento é de 53,7% (47% para o Mercosul); 10,9% para os Estados Unidos; e 15,2% para o mercado europeu. Vale registrar ainda o forte crescimento nos embarques para a China: 501,2%.

“Pode-se dizer que o nosso setor se descolou do restante da economia, a despeito de notícias negativas, como a inflação em alta, o recente aumento da taxa de juros para 7,75% e o desemprego ainda elevado”, comenta, acrescentando que mesmo a crise política tem como reflexo a desvalorização do real, o que torna as empresas do setor ainda mais competitivas nas exportações.

 

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