(25/07/2021) – A empresa de recrutamento Robert Half, em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral, lançou o estudo “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”. A pesquisa contou com 351 profissionais empregados, 349 profissionais desempregados e 714 recrutadores. A coleta – virtual – aconteceu entre 3 e 27 de maio de 2021.
O estudo faz uma análise das pretensões de profissionais (empregados e desempregados) em relação às oportunidades no mercado de trabalho e às preferências dos recrutadores. De acordo com a publicação, a experiência prévia do candidato (88%), o fit cultural/alinhamento entre os valores da empresa e do candidato (62%) e a formação acadêmica (36%) são os fatores mais relevantes na hora da contratação.
“Melhorar a qualidade da correspondência entre as preferências dos empregadores e dos candidatos é fundamental para uma economia próspera. O desvelamento dessas preferências também pode promover uma maior inserção no mercado de trabalho. Por exemplo, o desemprego de longa duração (dois anos ou mais) bateu recorde frente à crise econômica, alcançando 23,6% dos trabalhadores sem emprego. Na nossa amostra, desempregados entre um e três anos representam 30,95% do total”, afirma Paul Ferreira, diretor do Centro de Liderança da FDC.
Outro importante fator para o preenchimento de vagas é a indicação por pessoas relevantes no mercado ou na academia, o que confirma o poder do networking atualmente. Na sequência estão: expectativa salarial e enquadramento com a oferta da empresa; candidatos que trabalham em outras empresas do setor, indicação por pessoas da empresa, disponibilidade geográfica e disponibilidade para início do contrato.
A pesquisa mostra ainda que a lista de prioridades pode variar de acordo com o porte da empresa. Quanto maior a empresa, maior a relevância da cultura organizacional. Já a indicação do candidato por pessoas do mercado ou da academia é mais valorizada pelas micro e pequenas empresas.
Há também diferenças no comportamento de recrutadores de diferentes segmentos do mercado. A indústria, por exemplo, é o segmento que mais se importa com a cultura organizacional. O agronegócio é o que vê mais relevância na indicação de profissionais e o varejo o que mais valoriza a formação acadêmica.
O que os profissionais buscam – A pesquisa aponta que, ao avaliar uma proposta de emprego, os profissionais priorizam principalmente a remuneração (56%), a aderência do cargo à experiência prévia (46%) e o desafio proposto (45%).
Se o grupo dos profissionais for dividido em empregados e desempregados, nota-se importantes diferenças de prioridade. Os três fatores de maior relevância para os empregados são: aderência com a proposta de remuneração (68%), aderência com o desafio proposto (41%) e aderência do cargo com a experiência prévia (39%).
Para os desempregados, os três itens que mais chamam a atenção são: aderência ao cargo com a minha experiência prévia (52%), aderência à cultura da empresa (50%) e aderência com o desafio proposto (48%).
Faixa etária – Também são notadas algumas diferenças de acordo com a idade dos candidatos. Para os profissionais empregados e maiores de 46 anos, a aderência com a experiência prévia ganha destaque como segundo item a ser considerado, seguida por desafio proposto e fit cultural. Nas faixas etárias entre 25-35 anos e 36-45 anos, os destaques são aderência com o desafio proposto, fit cultural e aderência do cargo com a experiência prévia.
Entre os profissionais desempregados, o estudo mostra que, com o passar da idade, a experiência prévia, aderência à cultura organizacional e desafio proposto ganham peso na tomada de decisão. Já a formação acadêmica e indicação são aspectos que perdem importância com o tempo. Outro exemplo é que, enquanto profissionais nas faixas de 25-35 anos e maiores que 46 anos consideram a experiência prévia como principal destaque ao receber propostas, profissionais na faixa de 36-45 anos valorizam mais a proposta de remuneração.
