São Paulo, 28 de março de 2024

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10/04/2021

Produção de veículos cresce, mas incertezas preocupam


(11/04/2021) – Em março foram produzidos 200,3 mil veículos no Brasil, quantidade considerada boa pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, levando-se em consideração que grande parte das montadoras paralisou a produção nas últimas semanas do mês. No entanto, um conjunto de fatores políticos, econômicos e de ordem sanitária tem servido para instalar um clima de incertezas no setor.

Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos de Moraes, há pela frente uma série de desafios para toda a indústria de transformação, sobretudo o setor automotivo. Entre eles: a economia (inflação, juros, desemprego, câmbio, teto fiscal e confiança); a falta e o aumento do custo dos insumos; e a pandemia (velocidade da vacinação e imunização da população).

O alto patamar do câmbio é bastante preocupante, de acordo com Moraes, uma vez que aumenta a percepção de risco pelos agentes econômicos, que estão com a confiança em queda devido à situação do país. “Isso se reflete nas taxas de juros, que aumentam”, detalhou o executivo.

“A gente está bastante preocupado com a situação econômica. O debate sobre orçamento, que é um instrumento de gestão, é um desapontamento. Deveria ter sido feito em 2020. Existe uma falta de coordenação entre o Executivo e o Congresso”, comentou. “O ambiente político-econômico não ajuda, e até assusta, as matrizes. Existe insegurança jurídica e bastante preocupação. Terminamos o trimestre bem considerando a situação, mas olhando pra frente a gente fica bastante preocupado. Tem gente em Brasília apenas mirando as eleições de 2022”.

Fábricas paralisadas – No dia 31 de março – mês ao qual se refere o balanço da Anfavea – 14 montadoras, 30 fábricas e 65 mil funcionários, em seis estados (MG, SP, RJ, PR, SC e RS), estavam parcial ou totalmente paradas, devido à antecipação de feriados e ajustes de produção relacionados à falta de peças e componentes.

Em 7 de abril, dia da coletiva de imprensa, cinco montadoras e 10 fábricas continuavam com as operações suspensas em quatro estados: SP, RJ, SC e RS. A expectativa, segundo Moraes, é que todas voltem a operar normalmente a partir desta segunda-feira, 11 de abril.

Produção e Vendas – Em relação a fevereiro, a produção aumentou 1,7%, já frente a março de 2020, o crescimento foi de 5,5%. No trimestre foram produzidos 597,8 mil veículos, 2% a mais do que no mesmo período de 2020.

No terceiro mês do ano, o mercado nacional de autoveículos emplacou 189,4 mil unidades, registrando crescimento de 13,1% sobre fevereiro e de 15,7% em relação ao mesmo mês de 2020, quando foram emplacados 163,6 mil carros. No acumulado do primeiro trimestre, o setor sofreu retração de 5,4% frente aos três primeiros meses do ano passado. Já na comparação com o último trimestre de 2020, a queda se torna maior: 23%.

Para Moraes, considerando toda a situação político-econômica, os resultados são considerados bons. “A indústria, juntos com os concessionários, tem conseguido realizar licenciamentos on line, o que tem contribuído significativamente com os números apresentados”, disse.

Exportações – No total, foram exportados em março 36,8 mil veículos, 11,2% a mais do que em fevereiro. Na comparação anual, o crescimento foi de 19,5%. No trimestre, o percentual é de +7,6%, com exportação de quase 96 mil unidades. Moraes destacou o esforço que as empresas vêm fazendo para aumentar os embarques para países que vêm apresentando demanda, como Argentina, México, Chile e Colômbia: “Estão buscando usufruir do câmbio favorável para exportações que ajudam a minimizar o impacto dos custos da importação de peças e componentes”.

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