(04/04/2021) – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostrou queda nos 30 setores da indústria considerados pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre fevereiro e março de 2021.
A confiança também é menor do que era há um ano em 29 dos 30 setores – apenas a indústria metalúrgica está mais confiante do que em março de 2020. Foi a primeira vez, em oito meses, que o ICEI apresentou resultados setoriais negativos.
De qualquer forma, em somente 7 setores da indústria o indicador ficou abaixo dos 50 pontos, a linha divisória entre a confiança e a falta de confiança. O ICEI varia de 0 a 100. Em 23 setores, a confiança apenas diminuiu de grau.
Os setores sem confiança são: Bebidas; Produtos de Limpeza, Perfumaria e Higiene Pessoal; Celulose e Papel; Calçados; Couros e Artefatos; Móveis; e Obras de Infraestrutura.
Na variação mensal, Bebidas e Celulose e Papel foram os segmentos industriais que apresentaram as maiores quedas de confiança, com recuo de 10,3 pontos e 10,9 pontos, respectivamente.
Já os setores mais confiantes são: Metalurgia; Produtos de Madeira; Biocombustíveis; Extração de Minerais Não Metálicos; Manutenção e Reparação; e Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos. A Metalurgia foi a que manteve a confiança em nível mais elevado, com ICEI acima dos 60 pontos.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, esta queda generalizada da confiança deve-se principalmente a razões conjunturais.
Ela teria ocorrido em função do atual recrudescimento da pandemia da Covid-19, que paralisou novamente a economia, e a falta e o alto custo de parte dos insumos e das matérias-primas, também uma consequência direta da pandemia.
“Mas à medida em que a vacinação for avançando, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas à pandemia vão se dissipar”, afirma Andrade. “Uma vez afastado o risco da doença, as pessoas e as empresas se sentirão mais seguras para retomar plenamente suas atividades”.
Para o presidente da CNI, o retorno da confiança vai inclusive acelerar a recuperação das perdas acumuladas por diversos setores industriais desde o primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia chegou ao Brasil.