(28/02/2021) – A Toyota anunciou que pretende finalizar este ano o último ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão que vêm sendo feitos na fábrica de Sorocaba (SP). Na última década, a montadora de origem japonesa investiu, no total, quantia equivalente a R$ 6 bilhões no Brasil. A intenção da empresa é empregar estes novos recursos na produção de um modelo inédito de veículo, com o qual espera atingir a meta de crescimento de 25% nas vendas em 2021.
“Será um produto desenvolvido para os consumidores brasileiros e latino-americanos, um projeto pensado, desde a concepção, nas necessidades e desejos desses consumidores”, revela Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. “Será uma forma de mantemos o compromisso de entregar as melhores e mais modernas soluções de mobilidade, com tecnologia e sustentabilidade”.
O ano de 2020, marcado pela pandemia, não foi de todo ruim para a Toyota. Mesmo com três meses de fábricas paralisadas, pelas questões de segurança e fechamento do comércio, a empresa viu uma recuperação positiva nos últimos quatro meses do ano.
Apesar do cenário adverso, a marca encerrou o ano com 134.892 unidades comercializadas, queda menos acentuada do que indicavam os prognósticos do início da pandemia. Já a produção atingiu 116.001 unidades.
Dois modelos foram responsáveis por grande parte da recuperação da Toyota em 2020: o Corolla, primeiro híbrido flex do mundo, produzido em Indaiatuba (SP), vendeu 40.158 unidades, enquanto o Hilux, líder no segmento de picapes, alcançou 32.395 unidades. Já o Yaris, o Etios, o RAV4 e o Camry somaram, juntos, 62 mil veículos comercializados.
Segundo Chang, a Toyota gostaria que houvesse em 2021 maior previsibilidade na economia brasileira, de modo a tornar mais seguros os planos de negócios das empresas automotivas.
“Uma agenda de competitividade se faz mais do que necessária neste momento, pois, em curto e médio prazos, ela possibilitará atrair novos investimentos, gerar mais empregos e renda”, diz. “Recentemente, vimos importantes empresas do setor deixarem de produzir no Brasil. Nós reafirmamos nosso compromisso com o país, mas precisamos de condições, inclusive tributárias, mais equilibradas e justas”, conclui.