(22/11/2020) – Para o presidente da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Robson de Andrade, o Brasil precisará, para se desenvolver, fortalecer a sua estrutura produtiva e proceder a mudanças que lhe permita avançar na quarta revolução industrial e na economia de baixa emissão de carbono.
A afirmação foi feita na abertura do ENAI 2020 – Encontro Nacional da Indústria, que reuniu, nas últimas terça e quarta-feira, dias 17 e 18, executivos da indústria, especialistas e representantes do governo em painéis e palestras virtuais, para analisarem a situação da indústria no país.
“A indústria é, sim, capaz de recuperar a economia de um país. E é o que precisamos neste momento. Precisamos ter um projeto de desenvolvimento, reindustrializar o Brasil, para termos uma indústria competitiva, eficiente e inovadora”, disse Andrade. “Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das nossas estruturas produtivas”.
Andrade lembrou que as adversidades trazidas pela pandemia exacerbaram os velhos obstáculos para se fazer negócios no Brasil, reforçando a necessidade de o país continuar avançando na agenda de reformas.
A modernização do sistema tributário seria, para ele, um passo indispensável para se remover o principal fator do Custo Brasil, que reduz a capacidade das empresas brasileiras de competir em igualdade de condições seja no mercado interno, seja no comércio internacional.
“Paralelamente às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21”, acrescentou o presidente da CNI. “As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, disse.
De acordo com ele, os investimentos públicos e privados em tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de negócios conectados com a indústria 4.0 e com a economia sustentável.
Lembrou, ainda, que os impactos da Covid-19 sobre as cadeias produtivas globais, com efeitos sobre a disponibilidade de insumos farmacêuticos, por exemplo, deixaram evidente a importância de os países fortalecerem suas próprias estruturas produtivas.
