São Paulo, 24 de abril de 2024

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21/11/2020

Como está o mercado de locação de máquinas?

(22/11/2020) – A locação de equipamentos industriais não é novidade no mercado mundial. Um exemplo são as máquinas para construção, onde o aluguel já responde por cerca de 60% dos negócios – no Brasil, estima-se que represente 30% do mercado. Especialistas apontam que esta é uma tendência para praticamente todos os bens de consumo e de capital, de veículos a empilhadeiras, passando por computadores e, porque não, máquinas operatrizes – esta última já presente em muitos países há vários anos.

No Brasil, a locação de máquinas operatrizes ainda é praticamente uma novidade, tendo chegado aqui com mais força neste ano, em parte impulsionada pelas dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19. Empresas como Romi, Alltech e Okuma lançaram serviços de locação de máquinas, oferecendo centros de usinagem, tornos CNC e máquinas para a produção de plástico.

Entre os principais benefícios da locação de máquinas, de acordo com as empresas que atuam neste mercado, está o atendimento às necessidades de curto prazo, a dispensa do investimento inicial, a redução dos impostos pagos (em relação à compra direta), além da redução dos custos com a manutenção do equipamento.

Maurício Lopes, diretor de Comercialização da Romi, lembra que em maio deste ano, para amenizar os efeitos da pandemia, a empresa buscou maneiras de atender seus clientes em um momento de fluxo de caixa incerto. Em alguns casos, havia a necessidade de se investir em maquinário, mas os clientes tinham receio de ficar descapitalizados. “Pensamos também nos clientes que precisam atuar em projetos pontuais ou por períodos pré-determinados para nacionalizar peças e produtos em função da valorização cambial do dólar e do euro”, informa.

De acordo com Jean Cardoso, CEO do Grupo Alltech, o mercado nacional tem recebido de forma muito positiva a alternativa do aluguel, em grande parte pelas facilidades oferecidas e também pelo conjunto de soluções ofertado aos clientes. “No nosso caso, a ideia não é apenas alugar uma máquina. Nós procuramos agregar todo um conjunto de serviços, como a manutenção preventiva, pela qual o cliente não paga nada a mais, além de customizar a solução mais adequada às necessidades do cliente, para que ele seja mais produtivo”, informa.

Em sua opinião, uma das grandes vantagens – e não só para o momento de incertezas na economia – é que as empresas não têm de despender grande volume de capital para adquirir máquinas. “Além disso, hoje no Brasil o tempo de troca de equipamentos está em torno de 10 anos. Com a locação, uma indústria consegue manter seu parque renovado num período médio de 36 meses. As empresas estão olhando com muito carinho esta nova possibilidade”, diz.

Na avaliação de Duarte Alves, diretor comercial da Okuma Latino Americana, o mercado ainda está vendo a alternativa de locação com ressalvas. “As grandes corporações ainda têm dúvidas quanto aos benefícios fiscais versus as outras modalidades de pagamento”, diz, frisando que a solução oferecida pela Okuma é voltada a grandes contas e não prevê a devolução do bem ao final do contrato.

Lopes, da Romi, explica que “ao disponibilizar aos clientes a opção de locar uma máquina de última geração, fortalecemos ainda mais nossa parceria, garantindo novos negócios”. Ele considera que a indústria recebeu muito bem a nova alternativa e o serviço de locação de máquinas tem funcionado como nova fonte de receita para a Romi, além de “nos aproximar de novos clientes e potenciais compradores”.

Cardoso, da Alltech, conta que os negócios na área de locação estão acima da expectativa da empresa no lançamento do serviço. “Já representa cerca de 10% de nossos negócios”, diz. “Não tenho dúvidas de que a locação é uma alternativa que veio para ficar e que no próximo ano já passará a responder por cerca de 20% de nossos negócios”.

A Romi não divulga números, mas também considera que a locação é uma modalidade de negócio que veio para ficar, em especial por ser a melhor opção para os clientes em várias situações. Lopes informa ainda que a procura pelo serviço de locação ocorreu em praticamente todas as linhas de produtos da empresa, sejam máquinas-ferramenta ou máquinas para plásticos. “A ênfase está nas máquinas com menos customizações, porém com alta tecnologia embarcada”, informa.

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