(08/11/2020) – O volume de produção na Marcopolo cresceu 46,6% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior, quando a indústria se encontrava mais impactada pelas restrições sanitárias. A produção registrou, no entanto, queda na comparação anual.
Entre julho e setembro foram produzidas 3.422 unidades, sendo 3.064 unidades no Brasil, volume 7,1% inferior ao do terceiro trimestre de 2019. Já no exterior, a queda foi de 43,1%, com 358 unidades no último trimestre.
De qualquer forma, a participação de mercado da companhia na produção brasileira de carrocerias aumentou de 48,8% no terceiro trimestre de 2019 para 55,7% no terceiro trimestre deste ano.
A receita líquida total alcançou R$ 836,5 milhões no terceiro trimestre de 2020, com R$ 480,4 milhões (57,4%) provenientes do mercado interno e R$ 356,1 milhões (42,6%) do exterior. Mas custos com rescisões e operações da canadense NFI Group afetaram em parte os resultados financeiros.
O desempenho positivo da empresa neste ano de pandemia deveu-se em boa parte ao programa público Caminho da Escola, para o qual foram entregues 2.534 ônibus desde janeiro, principalmente micros.
“O ritmo destas entregas deve permanecer forte até dezembro e as adesões dos municípios se encontram próximas ao limite das nossas 4.800 unidades previstas para o programa”, afirma José Antonio Valiati, diretor financeiro e de Relações com Investidores da Marcopolo.
Segundo Valiati, embora a demanda por ônibus rodoviários siga impactada pela queda no turismo, já ensaia pequenos movimentos de recuperação, indicando que o pior já passou.
As atividades de fretamento também vêm surpreendendo positivamente, com incremento de vendas frente a 2019 em função das exigências de maior distanciamento no transporte de funcionários.
Já as exportações da Marcopolo seguem apresentando melhor desempenho na comparação com o mercado interno, em função da desvalorização cambial. O volume menor tem sido compensado pela maior receita e rentabilidade das operações.
Mas o volume de vendas tem crescido gradativamente em países como Chile, Argentina e Peru, e as entregas ao mercado africano também devem aumentar no final deste ano e no começo de 2021.