(20/092020) – A indústria de autopeças registrou em julho alta de 40,3% no faturamento líquido na comparação com junho, mês no qual o desempenho da receita foi ainda melhor em relação ao mês anterior, ficando em 47%.
De acordo com o Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, estes resultados indicam que também para o setor o período mais crítico da pandemia, entre março e abril, foi superado, e que o processo de recuperação dos negócios se mantém.
No entanto, a entidade destaca que esta recuperação não está com força suficiente para anular a queda de receita no ano, que chegou a 36,8% no acumulado de janeiro a julho em comparação com idêntico período de 2019.
As exportações, especialmente, foram bastante afetadas este ano, tendo recuado 34,1% de janeiro até julho, baixando de US$ 4,3 bilhões nos primeiros sete meses de 2019 para US$ 2,8 bi no mesmo período de 2020.
Já as importações tiveram queda um pouco menor, de 28,2%, passando de US$ 6,7 bilhões para US$ 4,8 bilhões em idêntico período. Devido a esses resultados, o déficit comercial das autopeças recuou 17,4% no acumulado do ano, de US$ 2,39 bilhões para US$ 1,97 bilhão.
No fornecimento para as montadoras, a expansão de julho sobre junho chegou a expressivos 57,5%. Os negócios no mercado de reposição evoluíram 15,43% e até as exportações, com fraco desempenho no acumulado do ano, cresceram: 23,3%.
O nível de ociosidade também caiu um pouco, para 44%, o menor índice desde o início da pandemia. Também o emprego voltou a crescer, 2,3% a mais em julho do que junho, após quatro meses seguidos de supressão de vagas.
Apesar do índice menor no comparativo julho-junho, 15,43%, o aftermarket foi o único segmento que teve alta em julho, de 8%, sobre o mesmo mês do ano passado. Todos os outros apresentaram queda.
Considerando o balanço dos últimos 12 meses em relação ao período anterior, o recuo da receita líquida da indústria de autopeças está em 21,8%.
No mês passado, o Sindipeças havia previsto queda de 30% em 2020. Agora, já incluídos os dados de julho, a entidade projeta entre 25% e 30%, o que significa que o tombo pode ser menor do que era esperado.
