(13/09/2020) – A produção de caminhões cresceu 7,27% em agosto na comparação com julho, somando 7.316 unidades diante das 6.820 do mês anterior. Apesar do viés de alta – é a quarta seguida desde abril, quando a produção caiu 95% em razão da pandemia – no acumulado do ano a produção registra uma queda de 36%.
De acordo com a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram produzidos 48.874 caminhões no país entre janeiro e agosto de 2020, ante 77.046 no mesmo período de 2019.
Houve em agosto, entretanto, retração de 15,3% nos emplacamentos (8,1 mil unidades) diante de julho. No acumulado do ano, o recuo é de 14,9% nas vendas e 17,8 nas exportações.
Os caminhões pesados e semipesados têm registrado os melhores resultados na quantidade de unidades fabricadas, com 23.999 pesados e 14.402 semipesados produzidos nesse ano. Este crescimento tem sido impulsionado pelo mercado interno, principalmente por causa da alta demanda do agronegócio, responsável pela maior parte das compras de caminhões deste porte.
Segundo o vice-presidente da Anfavea, Marco Antonio Saltini, a indústria brasileira de caminhões está atualmente com 60% de sua capacidade ociosa, ou seja, com mais da metade de seu potencial fabril desaproveitado.“Já chegamos a ter quase 80% de ociosidade na época da crise anterior, que começou em 2014 e o setor não recuperou totalmente. Quando estava em vias de recuperar, veio a pandemia”, lamenta o executivo.
O segmento de ônibus também foi muito prejudicado pela pandemia, tendo acumulado queda de 36,6% de janeiro a agosto de 2020. Nos oito primeiros meses deste ano, foram produzidos 12.289 ônibus, enquanto no mesmo período de 2019 a produção somava 19.370 unidades.
A queda foi mais expressiva em ônibus rodoviários, com redução de 41,8% na produção, passando de 3.928 para 2.286 unidades. No segmento de ônibus urbanos, a baixa foi de 35,2%, de 15.442 para 10.003.
