(04/08/2020) – A CH Master Data, empresa brasileira de tecnologia em gestão de dados mestres, é desenvolvedora das plataformas WebForLink e WebForMat, para cadastro de materiais, serviços e fornecedores de diversas áreas, entre elas a industrial. Atualmente, mais de 70 empresas utilizam as plataformas (GM, Tupy, Samarco etc.).
Em tempos de pandemia e, consequentemente, de retração no setor industrial, essas plataformas servem também como indicadores – de aceleração ou retração – do mercado. Por meio do cadastro de materiais, por exemplo, é possível levantar dados que traduzem o ritmo da economia. Quando o mercado está aquecido, as empresas cadastram mais itens e buscam mais fornecedores nas plataformas.
“Os sinais indicam que {talvez} o pior momento tenha passado. As empresas já começam a se preparar para um aumento de produção”, diz Tadeu Avellar, da CH Master Data. Ele aponta que no início da quarentena houve uma desaceleração da demanda por materiais, com menor patamar no começo do mês de maio, mas que esse cenário vem se modificando: “Desde então, o nível de atividade vem avançando já tendo passado os patamares de março, quando a pandemia chegou ao Brasil e parte da produção foi paralisada”, afirma.
De acordo com a CH Master Data, as informações fornecidas pelas plataformas são consultadas por instituições como o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e a FGV – Fundação Getúlio Vargas, para a construção de alguns indicadores de atividade de mercado. Inclusive, dados recentemente divulgados pelas duas instituições apontam que, apesar do cenário de crise, o setor industrial dá sinais de retomada.
Índices de confiança – A CH Master Data cita, por exemplo, o Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV, que no mês de julho o ICI cresceu 12,2 pontos, chegando a 89,8 pontos – a segunda maior variação positiva da série histórica, apenas ficando atrás da alta de 16,2 pontos registrada entre maio e junho. A pesquisa aponta que 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança.
“Em julho, a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses. Porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado”, avalia Renata de Mello Franco, economista da FGV-IBRE. “Nesse mês, chama a atenção a recuperação dos indicadores de produção prevista e emprego previsto sugerindo novamente que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior. Contudo, o baixo patamar do indicador de tendência dos negócios reflete cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação dada a incerteza ainda muito elevada”.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), este medido pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, cresceu em julho em 29 dos 30 setores da indústria considerados. A Indústria de Transformação alcançou 49,1 pontos, após crescer pelo terceiro mês consecutivo. Segundo a CNI, o empresário deste setor está mais próximo da linha divisória dos 50 pontos, mas ainda não retomou a confiança em julho.
O segmento de Máquinas e Equipamentos, que faz parte da Indústria de Transformação, alcançou ICEI de 48,8 pontos, registrando alta em relação ao mês de junho (44 pontos) e baixa na comparação com o mesmo período de 2019, quando o ICEI era de 56,8 pontos.
A confiança está em alta em 25 dos 26 setores da indústria de transformação pesquisados, com exceção de Biocombustíveis. Foram pesquisadas para o levantamento 2.305 empresas entre 1º a 13 de julho, sendo 899 pequenas empresas, 845 médias e 561 grandes.
