São Paulo, 18 de abril de 2024

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23/05/2020

Senai e montadoras já repararam 650 respiradores


(24/05/2020) – A escassez de leitos de UTI com respiradores mecânicos é, no Brasil e no mundo, um dos maiores obstáculos para o tratamento adequado dos infectados pelo novo coronavírus. Por isso, uma série de ações está sendo realizadas em todo o país, como que em uma corrida contra o tempo, para desenvolver equipamentos ou consertar aqueles que estão parados aguardando manutenção.

Junto a 20 empresas e institutos de pesquisa – ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Fio Cruz, Ford, General Motors (GM), Honda, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Poli-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Troller, Usiminas, Vale e Volkswagen do Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da ABEClin – o Senai coordena a Iniciativa + Manutenção de Respiradores (veja matéria já publicada aqui).

Até 11 de maio, a rede havia recebido 2647 ventiladores mecânicos para manutenção. Deste total, 666 unidades já foram devolvidas aos hospitais de origem. Estão em manutenção 1173 respiradores e em calibração outros 263 equipamentos. A meta, segundo o Senai, é consertar 3600 respiradores que estão fora de funcionamento no Brasil. O custo estimado de manutenção, por equipamento, é de R$ 5 mil. A economia gerada para o sistema de saúde deve ser de aproximadamente R$ 18 milhões.

A previsão do Senai é de que os investimentos em manutenção de respiradores cheguem a R$ 10 milhões. Segundo a instituição, a iniciativa pode salvar 36 mil vidas – duas vidas por mês por respirador, durante um período de cinco meses.

Entregas – Na semana passada, por exemplo, a rede pública de saúde de Pernambuco recebeu nove respiradores reparados pelo Senai de Pernambuco em parceria com a FCA. Os equipamentos serão instalados no prédio da Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda. A unidade de saúde foi reaberta no mês de abril para receber pacientes com Covid-19. Anteriormente, outros três respiradores já haviam sido entregues para a Secretária de Saúde do Estado, responsável pelo processo de priorização e logística.

O conserto dos aparelhos é realizado (desde o início de abril), em um laboratório estruturado no Senai Santo Amaro, em Recife. Docentes das áreas de Eletrônica, Mecânica e Calibração de equipamentos participam da força-tarefa. As manutenções também ocorrem na fábrica da Fiat Chrysler Automóveis, na cidade de Goiânia. Ao todo, 24 equipamentos foram entregues para manutenção.

O Senai de Mato Grosso do Sul, até a semana passada, havia concluído o reparo de 52 dos 70 equipamentos que foram recebidos no início de abril. Do total de respiradores recebidos, 18 não tinham condições de reparo, seja por falta de peças ou porque o custo de manutenção estava acima de 50% do valor de um ventilador novo. Neste caso, o equipamento quebrado é utilizado como sucata e suas peças são reaproveitadas em outros respiradores.

Em 8 de maio, 25 respiradores já haviam sido entregues para os hospitais e outros 27 aguardavam calibração. A média de manutenção é de 2,5 respiradores por dia. A expectativa é de que na próxima semana todos os equipamentos estejam calibrados e entregues.

O Senai Cimatec, em Salvador (BA) já reparou e devolveu 101 respiradores que estavam com defeito em hospitais da Bahia. A meta da força-tarefa era realizar o reparo de 100 unidades, mas já houve uma solicitação de reposição de peças (junto aos fabricantes) para que o trabalho possa ser continuado.

Em Goiás, junto com a Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (EMC/UFG) e o Instituto Federal de Goiás (IFG), o Senai entregou, em 11 de maio, 10 respiradores para a Secretaria Estadual de Saúde. Cerca de 40 técnicos voluntários das instituições trabalham no conserto de 102 aparelhos que estavam em desuso, com diferentes níveis de danos.

Protótipos – Além da manutenção de respiradores, o Senai também apoia e participa do desenvolvimento de protótipos de respiradores. Em Alagoas, o militar Rodrigo Costa dos Santos desenvolveu, em parceria com o Senai de Poço de Maceió, um protótipo de respirador. Na unidade, estão sendo fabricadas algumas peças para este protótipo, que deve ser de baixo custo e de rápida fabricação. O equipamento não substituirá um respirador tradicional, foi desenvolvido para situações emergenciais com o intuito de salvar vidas.

No Senai do Rio Grande do Norte, um protótipo desenvolvido por meio do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), está em fase de testes. O equipamento está em avaliação de calibração e testes para, em seguida, ser submetido à Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária para validação e fabricação em série.

O respirador mecânico com modo de operação controlada por pressão, monitora o volume de ar inspirado pelo paciente e é destinado aos casos mais graves que demandam entubação. O equipamento trabalha com pressão máxima de 60 centímetros de água e com controle de PEEP (pressão expiratória final positiva), possui tela touch, com quadro de comando que atendem aos requisitos exigidos para responder as necessidades do paciente e da equipe de profissionais intensivistas que irão operar a máquina, além de dispor de banco de dados, sistema de volume, alarme e ser de fácil higienização e manutenção.

O aparelho foi totalmente desenvolvido pela equipe de engenheiros e técnicos do ISI/ER em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), responsável pela fase de testagem clínica, e também com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que atua na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento junto à Anvisa.

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