São Paulo, 25 de abril de 2024

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23/05/2020

Consumo de energia de grandes consumidores cai 20%

(24/05/2020) – Dados divulgados pela Abrace – Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres apontam que de março a maio o consumo médio de 200 mil grandes consumidores caiu 20%. Em alguns casos, a queda na demanda chega a ser de 40%. A proposta da Abrace, ao lado de mais de 60 associações setoriais da indústria e do comércio – expressa em carta aberta – era de que a cobrança dos custos com energia durante o período de paralisação e de isolamento social fosse flexibilizada. AS empresas propõem o pagamento da demanda de energia pelo montante medido.

Após reunião pública realizada na última terça-feira (19/05), a diretoria da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica recomendou que, durante a pandemia, as distribuidoras de energia negociem direto com os consumidores de alta tensão a quantidade de energia que deixou de ser consumida no período.  

Para os grandes consumidores – como indústrias e shoppings – geralmente são firmados contratos que estipulam uma demanda (khW). Ou seja, não há pagamento pela energia consumida mensalmente. O valor corresponde à demanda contratada, pela disponibilidade de uso da rede de transmissão e de distribuição. Porém, com as medidas restritivas de isolamento social em decorrência da Covid-19, esses clientes deixaram de consumir boa parte da energia contratada previamente.

De acordo a Sondagem Industrial divulgada na quarta-feira (20/05) pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, apenas 49% da capacidade instalada da indústria foi utilizada em abril, com queda de 9% na comparação com o mês de março. Isso significa que mais da metade da capacidade instalada nas empresas está ociosa. A indústria de transformação apresentou 25,2 pontos na evolução da produção (0 a 100, onde valores menores do que 50 são negativos e acima, positivos). Em março a marca era de 32,7 pontos. O setor de máquinas e equipamentos apresentou 26,1 pontos no quesito evolução da produção.

Segundo um estudo realizado pela CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (publicado em 18/05), o consumo de energia elétrica apresentou recuo de 11% após a adoção de medidas de isolamento social. O percentual considera a média do SIN – Sistema Interligado Nacional no período entre 21 de março e 08 de maio, com a mesma base de comparação em 2019. Em termos de nicho, o mercado regulado apresentou queda de 11%, já o mercado livre sofreu retração de 12%.

A análise por ramo de atividade mostra que a indústria automotiva está entre os segmentos com maior queda no consumo de energia. Em abril, a média do setor foi 66% menor em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos oito primeiros dias de maio, a queda no consumo em relação a 2019 foi de 50%. Na indústria têxtil a queda foi de 46% em abril e de 48% em maio. Metalurgia e produtos de metal registrou retração de 9% em abril e 2% em maio na comparação com 2019.

A CCEE também analisou o desempenho do consumo de energia elétrica por estado, comparando a média do período de isolamento em base anual (2020/2019). O Rio de Janeiro está na liderança do ranking, com uma queda de 21%, seguido por São Paulo (-16%). Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Amazonas completam a lista das cinco maiores reduções percentuais, todos com 15%. Pará (4%), Amapá (3%) e Maranhão (2%) e Mato Grosso (1%) tiveram alta no consumo por conta da baixa redução da demanda no mercado regulado e da elevação do consumo em alguns setores da economia nestes estados.

Conta-Covid – Em 18/05, por meio do decreto 10.350, o Governo Federal criou a Conta-Covid, que autoriza operações de apoio (empréstimos em bancos públicos e privados) para distribuidoras de energia elétrica devido aos impactos da pandemia de coronavírus sobre o setor.

O objetivo é preservar a liquidez das empresas do setor e amenizar os efeitos da crise na conta de luz dos consumidores. De acordo com a Aneel, o decreto já inclui as condições de negociação do pagamento de grandes consumidores pela energia consumida (e não a demanda contratada).

O decreto gerou algumas incertezas, já que existe a possibilidade de o prejuízo das distribuidoras serem rateadas e distribuídas ao consumidor geral, que poderá pagar por mais encargos em suas contas.

A Aneel e a CCEE anunciaram que vão destinar recursos (valor não definido) às distribuidoras, para que não ocorra desequilíbrio financeiro entre os principais elos do setor: geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia. Em maio já foram destinados R$ 538 milhões para as distribuidoras de energia com o intuito de reforçar a liquidez e minimizar o descompasso financeiro do setor.

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