São Paulo, 02 de maio de 2024

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09/05/2020

Queda de 9,1% na indústria indica recessão prolongada


(10/05/2020) – Dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram forte queda da produção industrial em março, de 9,1%, na comparação com fevereiro. Foi um desempenho muito abaixo dos -2,5% estimados antes pelo instituto, e que deverá afetar negativamente as expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020.

A retração deixou poucos setores produtivos de fora. De fato, nada menos do que 23 das 26 áreas analisadas apresentaram números negativos. A queda mais relevante foi a dos veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,0%), segmentos que tiveram a produção em boa parte interrompida por causa do coronavírus.

Esse ramo industrial também apresentou a queda mais intensa desde maio de 2018 (-29,0%), tornando praticamente inócua a expansão de 7,8% acumulada nos dois primeiros meses de 2020.

Outras contribuições negativas vieram das máquinas e equipamentos (-9,1%), de produtos de minerais não metálicos (-11,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,6%), de produtos de metal (-7,5%), de metalurgia (-3,4%), borracha e material plástico (-12,5%) e equipamentos de informática, óptica e eletrônica (-7,2%).

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS – Para Cristina Helena Pinto de Mello, economista e pró-reitora nacional de pós-graduação da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, o dado mais importante é o da queda verificada em máquinas e equipamentos.

“Os números mostram que os empresários brasileiros estão reduzindo seus investimentos em bens de capital, o que é um dado objetivo de pessimismo em relação ao futuro”, explica. “Esse é um setor chave da economia, pois dá dinâmica aos investimentos e tem o poder de iniciar processos de expansão ou retração. São verdadeiros termômetros das expectativas futuras”.

A executiva observa, porém, que pelas análises dos setores produtivos é possível verificar que em vários deles o freio foi acionado antes do início da quarentena, em meados do mês de março.

Ela afirma que a influência da Covid-19 pode ser mais notada nos setores exportadores e de bens de consumo, mais integrados a cadeias de produção globais e, portanto, mais sensíveis ao contexto internacional, no qual muitos países também recorreram à quarentena.

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