São Paulo, 28 de março de 2024

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27/03/2020

Setor de ferramentas opera com menos de 50% da capacidade

(29/03/2020) – Assim como a grande maioria do setor industrial brasileiro, a indústria de ferramentas também está sendo afetada pelos efeitos do coronavirus. Hoje, cerca de 40% das fábricas estão paralisadas, enquanto 60% seguem em operação, mas com apenas 50% da capacidade, segundo Christian Arntsen, novo presidente da ABFA/Sinafer.

Para Arntsen, o quadro é preocupante e por isso os governos federal e estadual deveriam atender às reinvindicações do setor industrial no sentido de conceder uma postergação do pagamento de impostos, em especial IPI, PIS/Cofins e ICMS. “Não estamos pedindo isenção de impostos, mas postergação. É preciso preservar o caixa das empresas para que elas sobrevivam e continuem gerando emprego e renda no futuro”, argumenta.

Para tanto, diz que as entidades que preside (ABFA – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em Geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais e Sinafer – Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo) têm atuado em conjunto com a Fiesp, CNI e a Abimaq para encaminhar os pleitos da indústria junto a todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal.

Arntsen lembra que a indústria brasileira como um todo, o setor de ferramentas incluído, tem consciência do momento que o País está vivendo e vem agindo de forma a evitar demissões. Para tanto, as empresas têm usado de todos os recursos disponíveis, como férias coletivas, banco de horas, home office (nos casos em que é possível) etc.

Também para preservar o caixa das empresas, acredita que seria fundamental a regulamentação da lei sobre a redução de jornada e de salários, que embora apresentada pelo ministro da Economia ainda não foi publicada, como aconteceu, por exemplo, com o adiamento da contribuição do FGTS.

Fabricação de ferramentas é essencial – O executivo lembra que a atividade industrial não foi atingida pelas novas regras para conter a disseminação do coronavírus, embora a princípio a divulgação do decreto do governo estadual de SP tenha deixado dúvida. “A atividade industrial é essencial”, diz. No caso específico da produção de ferramentas, lembra que alguns itens produzidos podem ser classificados como essenciais. É o caso das serras de fita, usadas no corte de carne. “Muitos outros itens são utilizados na indústria alimentícia”, diz, citando ainda o fato de que a produção dos moldes para a fabricação de respiradores mecânicos (usados nas UTIs) também dependem de ferramentas de corte.

Outro ponto abordado por Arntsen é o fato de que grande parte dos negócios do setor se dá através de distribuidores e suas lojas espalhadas pelo País, que num primeiro momento foram consideradas não essenciais (e portanto deveriam ficar fechadas), medida que está sendo revista em vários estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goias, Mato Grosso e Pernambuco, que já liberaram as lojas de material de construção e ferramentas.

“Seria fundamental a permanência de pelo menos uma parte do negócio aberto, para que houvesse algum fluxo de caixa positivo, que não fosse somente negativo, como as saídas de caixa com obrigações, caso de salários, impostos…”, diz.

Arntsen destaca que as fábricas que continuam em operação adotaram todos os protocolos de segurança recomendados pela OMS – Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúide, que incluem distanciamento social, disponibilidade de álcool gel, além do afastamento das pessoas dos grupos de risco, home office, nos casos das atividades administrativas, financeiras e comerciais.

“As cerca de 40% das empresas do setor que paralisaram as atividades são aquelas mais dependentes do setor automotivo, que praticametne paralisou a produção de veículos em todo o País”, diz. Das empresas que estão em operação, Arntsen conta que muitas delas estão com carteira de pedidos para cerca de 30 a 40 dias. “Depois disso, não sabemos o que virá. Temos ouvido análises que avaliam que a normalidade deve retornar entre duas semanas a seis meses… Eu gostaria de acreditar que em dois ou três meses a atividade retomasse o folego”.

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