São Paulo, 23 de abril de 2024

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12/10/2019

Ford Brasil desenvolve composto de borracha para carros a biodiesel


(13/10/2019) – A Ford brasileira desenvolveu novo composto de borracha para tubulações de veículos movidos a biodiesel. O material – que custa a metade do similar importado – foi criado pela área de engenharia de materiais do complexo industrial de Camaçari, na Bahia, e já gerou, além de premiações internas, duas patentes nos Estados Unidos, estando agora em processo de registro no Brasil, na China e na Europa.

O uso da borracha em mangueiras e vedações que ligam o bocal de abastecimento ao tanque de combustível deve-se a razões de segurança. A legislação brasileira hoje determina que veículos a diesel utilizem uma mistura de 10% de biodiesel, porcentagem que deverá aumentar para 15%. Essa mistura exige cuidados.

“As peças que têm contato com o biodiesel não podem ter acúmulo de carga eletroestática, por causa da baixa condutividade desse combustível”, explica Cristiano Hubert, especialista em polímeros e elastômeros da equipe de engenharia de materiais da Ford. “O acúmulo pode gerar eventuais faíscas em períodos de menor umidade”,

Por isso, diz Hubert, essas peças passaram a ser fabricadas com borracha nitrílica hidrogenada (HNBR), importada, que possui maior resistência química e a propriedade de dissipar as cargas elétricas, mas têm um custo muito maior.

A pesquisa na Ford Camaçari começou em 2017, envolvendo materiais alternativos e culminando em um novo composto de borracha, o PVC/NBR condutivo, que atende às características desejadas com menor custo.

Uma das fórmulas patenteadas tem como componente o grafeno. Outra usa a sílica obtida a partir da cinza de casca de arroz, material renovável que atua como reforço mecânico e tem a propriedade de redução do inchamento em contato com o biodiesel. A produção em escala do material, que é compatível até com uma mistura de 30% de biodiesel, é favorecida também pela abundância de matéria-prima, já que o Brasil é o maior produtor de arroz fora da Ásia.

As primeiras peças feitas com o novo material têm previsão de chegada ao mercado em 2020, na picape Ranger, e também poderão ser licenciadas para outras marcas, inclusive fabricantes de caminhões, que são grandes usuários de diesel.

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