(23/06/2019) – O número de empresas que fez algum tipo de investimento em 2018 foi de 75%, seis pontos percentuais abaixo dos 81% que planejavam investir. É o que revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada no último dia 14.
As dificuldades de recuperação da economia foram o principal motivo do abandono dos planos de investimentos das grandes indústrias. O principal alvo dos projetos no ano passado foi a melhoria ou a modernização de processos e produtos.
O levantamento mostra ainda que, entre as empresas que investiram, a maioria (56%) destinou recursos para a continuação de projetos anteriores e 44% aplicaram em novos projetos.
De acordo com a mesma pesquisa, no entanto, oito em cada dez empresas planejam investir neste ano. O número é praticamente igual aos 81% registrados no ano passado, mas está muito acima dos 67% de 2017 e dos 64% de 2016.
Dentre as indústrias que pretendem investir, 57% afirmaram que a perspectiva de aumento da demanda motivou os projetos de investimentos. Fatores técnicos, como tecnologia, mão de obra e matéria-prima disponíveis, foram estímulos para 41% delas.
O principal objetivo das empresas que pretendem investir em 2019 é também a melhoria dos processos produtivos, o que demonstra a preocupação das empresas com a eficiência e a competitividade.
“Diante da nova revolução industrial, a inovação tem papel importante para as empresas. A capacidade de inovar é que determinará quem ficará com as portas abertas”, diz o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Os investimentos neste ano devem se concentrar na compra de máquinas e equipamentos. Essa opção obteve 59% das menções das empresas que têm planos para investir.
Em segundo lugar, com 18% das respostas, aparece a compra de novas tecnologias, como automação e tecnologias digitais, e, em terceiro, com 6% das assinalações, os empresários apontaram a melhoria da gestão do negócio.
As indústrias brasileiras pretendem investir especialmente para conquistar o mercado interno. O percentual do investimento voltado totalmente ou principalmente para o mercado doméstico alcançou 67%, o mesmo registrado em 2018.