(16/06/2019) – A Vale firmou com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial acordo para tornar os processos de produção e beneficiamento de minério de ferro mais eficientes e sustentáveis. Os contratos foram assinados durante o 8º Congresso de Inovação da Indústria, em São Paulo, na última terça-feira, 11.
No total, serão investidos R$ 3,2 milhões em quatro projetos de inovação para o setor de mineração. As propostas visam reduzir o consumo de energia e água durante o beneficiamento do minério e também gerar menos rejeitos, sem perda de qualidade do material. Isso será feito com modificações no processo de produção de pelotas e no desenvolvimento de materiais com maior resistência ao desgaste.
“Tornar mais sustentáveis os processos da indústria extrativista está de acordo com uma tendência mundial. Estabelecer esta prática no país implicará em menor impacto ambiental e maior competitividade para a mineração brasileira”, disse Carlos Eduardo Pereira, diretor de operações da Embrapii.
Um dos projetos propõe eliminar a etapa de moagem, responsável por grande consumo de recursos naturais, por novos processos mecânicos. O objetivo é o desenvolvimento de um novo processo, com o uso de insumos em que o concentrado de minério possa migrar diretamente para a fabricação do aglomerado (pelotas).
Outra proposta visa à redução do uso de energia térmica para a formulação dos aglomerados. O terceiro projeto prevê a injeção de gás, produzido com resíduos naturais (biomassa), como fonte de energia térmica e elétrica. Há ainda a proposta de melhorar o desempenho dos pinos utilizados nos equipamentos de beneficiamento do minério, fazendo com que esses aparelhos ganhem mais produtividade e eficiência.
O minério de ferro é o segundo maior produto de exportação brasileiro, atrás apenas da soja. A mineração é responsável pela geração direta de mais de 180 mil empregos e mais de 2,2 milhões de postos indiretos. A Vale é hoje a maior produtora de pelotas do mundo. Atualmente, conta com 13 usinas que, juntas, têm capacidade para produzir até 64 milhões de t/ano.
