(16/06/2019) – As vendas de caminhões seguem em alta. Em maio, o balanço da Anfavea registra o total de 9.100 unidades vendidas, contra 8.500 do mês anterior, com alta de 7,2%. Para a entidade, o desempenho deste segmento foi o destaque de maio, ao registrar o melhor mês em vendas desde dezembro de 2014. “Felizmente, o mercado vem reagindo de forma constante, e deverá crescer ainda mais após a aprovação das reformas previdenciária e tributária”, avalia o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes Moraes.
No acumulado do ano o crescimento das vendas é bem mais significativo, com expansão de quase 50 pontos percentuais (48,5%) ao comparar com o período janeiro-maio de 2018. Este ano já foram comercializadas 39,1 mil unidades contra as 26,3 mil do mesmo período do ano passado.
“O resultado é muito positivo, mas é preciso ressaltar que estamos comparando com uma base muito baixa, o primeiro semestre do ano passado”, observou Gustavo Bonini, vice-presidente de Veículos Pesados da Anfavea. “Esse número indica a continuidade da previsão que temos para o ano de 2019”. A entidade prevê aumento nas vendas de 15,3% este ano sobre 2018.
PRODUÇÃO – Já a produção de caminhões registrou alta de 19,3% em maio, com 11,2 mil unidades, sobre as 9,4 mil de abril. Na comparação com maio de 2018, quando foram produzidas 7,4 mil unidades, o crescimento é de 51,3%.
No acumulado do ano, no entanto, a expansão é bem menor: foram fabricadas 45,4 mil unidades de janeiro a maio de 2019 deste ano contra as 41 mil no ano passado, com alta de 10,9%.
O que explica a grande diferença entre os índices de crescimento das vendas e da produção é o emrcado externo. As exprotações de caminhões caíram 25,8% na comparação entre maio de 2018 e maio de 2019 e 58,3% na comparação no acumulado de janeiro a maio dos dois anos.
BONS NÚMEROS – O presidente da Anfavea explica que, apesar dos indicadores econômicos pouco animadores do país, os bons números do setor automotivo no ano se devem a um longo processo de recuperação que se iniciou em 2017, após uma queda superior a 40% no biênio 2015-2016, auge da crise econômica brasileira.
“Nosso tombo foi bem maior que os 6,73% do PIB naqueles dois anos, por isso há muito o que recuperar para voltamos aos patamares de 2012. O mercado interno mantém bom ritmo de vendas, com alta de 12,5% no acumulado do ano. A produção só não acompanha esse patamar em função da expressiva queda das exportações para a Argentina”, comentou.
