(02/06/2019) – Após o fim da parceria com a LMT, a Boehlerit está passando por processo de renovação de seu portfólio, incluindo a entrada em novos segmentos. “A Boehlerit promoveu uma reestruturação e um dos focos foi a substituição dos produtos que eram da LMT, assim como procuramos novos parceiros”, informa Eugenio Saller, diretor da Boehlerit Brasil Ferramentas.
O diretor lembra que a Boehlerit é um dos mais tradicionais fabricantes de metal duro do mercado mundial, com mais de 85 anos de experiência nesse setor, e também um dos principais fornecedores de metal duro, abastecendo fabricantes de ferramentas em todo o mundo. Este currículo explica em parte a agilidade no desenvolvimento de uma linha de fresamento, como a apresentada na Expomafe, “e com performance superior à dos concorrentes”, como faz questão de frisar Saller.
No evento, foram mostradas as novas famílias RHOMBICtec, BALLtec e ISO00P, voltadas para matrizarias, fresamento 3D e fresamento de materiais endurecidos. “Estávamos fora desse segmento. A chegada desta linha nos abre um horizonte muito grande aqui no mercado brasileiro”, comenta o diretor. “Os visitantes da Expomafe – que aliás se caracterizou pelo público muito qualificado – se mostraram muito interessados em nossa marca e principalmente em nossos novos produtos e na nova linha de fresamento”.
A Boehlerit também destacou na feira os produtos de suas parceiras internacionais, como a Bilz, fabricante de sistemas de fixação e acessórios; a pHorn, fabricante mundialmente reconhecida pela linha de corte e canal e de ferramentas para microusinagem; e a Urma, fabricante suíça de alargadores intercambiáveis de metal duro até 140,60 mm e linha completa de barras de mandrilar.
MERCADO – Saller comenta que o mercado brasileiro de ferramentas vive um momento delicado, no qual se somam a retração da economia, a presença de um grande número de concorrentes e o fato de que cada nova ferramenta lançada traz uma vida útil maior que sua antecessora. Portanto, são vários concorrentes disputando um mercado que está reduzido, onde a pressão por preços é enorme e um dos maiores desafios é convencer os clientes da importância de se observar o custo x benefício.
Apesar disso, a Boehlerit conseguiu registrar bom crescimento no ano passado (de 25%), mas sobre uma base muita baixa, como destaca o diretor. Para 2019, as perspectivas iniciais eram de reação do mercado, mas após o primeiro quadrimestre avalia que o cenário de retomada foi postergado. “Na minha opinião, a retomada deve vir, mas não no segundo semestre e sim no próximo ano”.
