(19/05/2019) – Desde que adquiriu a alemã B+W, em 2011, a Romi tem procurado ampliar a sinergia entre as fábricas do Brasil e da Alemanha, com trocas de informações sobre processos, custos, projetos etc. Entre os resultados desse conjunto de ações está o centro de usinagem MCC 800, da B+W, um dos destaques do estande da Romi na Expomafe 2019.
“Trata-se da primeira máquina em que as duas engenharias, do Brasil e da Alemanha, trabalharam em conjunto”, informa Luiz Cassiano Rosolen, diretor-presidente da Romi. A fábrica brasileira faz toda a parte mecânica da máquina, exporta o framing (base, colunas, guias, fuso…) e a B+W realiza a montagem na Alemanha, acrescentando todo o pacote tecnológico da máquina, de acordo com a customização do cliente. “Esta máquina que estamos apresentando aqui na feira já foi montada no Brasil. Importamos comando, spindle, mesa etc. e montamos aqui”.
Rosolen conta que desde o início do projeto desta linha de máquinas, em 2015 (a MCC 800 foi lançada na EMO, em 2018), já existia a intenção de futuramente vir a fabricá-las no Brasil. “Este é um projeto que foi compartilhado entre as duas engenharias. Hoje já fazemos no Brasil uma parte importante da máquina e temos todos os dispositivos, os processos, enfim a engenharia da máquina aqui”, acrescenta. “Nossa fábrica, em Santa Bárbara D’Oeste, já está capacitada a produzir, montar e entregar as máquinas desta linha para qualquer cliente no País”.
Apresentada na Expomafe, a MCC 800 atraiu o interesse de algumas empresas e a equipe de vendas tem várias visitas agendadas para as próximas semanas. “A venda de uma máquina B+W é um processo mais complexo do que a venda de uma máquina Romi. Além do valor maior, exige uma customização muito grande. Os projetos são turn-key, a máquina é entregue pronta para produzir”, explica Rosolen. No mundo, as máquinas da B+W são empregadas na produção de peças e componentes de grande porte, como motores navais, motores diesel e elétricos de grande porte, redutores, na produção de bens de capital, inclusive máquinas, e peças de titânio.
Rosolen conta que a sinergia entre as fábricas da Alemanha e do Brasil tem sido muito positiva. A B+W adotou várias práticas de custos da Romi, assim como processos, designs competitivos na área de fundição. Já a Romi passou a projetar suas novas linhas – como a GL, de centros de torneamento, lançada na Expomafe – dentro do conceito modular adotado pela B+W. “Agora projetamos a linha toda de uma única vez. O processo é mais demorado, mas ganhamos muito em modularidade. No passado, lançávamos um modelo, em geral o de menor porte, e depois os demais, maiores”, explica o diretor-presidente.
NOVA GERAÇÃO GL – A Romi também lançou na Expomafe a nova geração da linha de centros de torneamento horizontal GL , composta de quatro modelos: GL 250, GL 300, GL 350 e GL 450. Projetada para operar em ambientes de média e alta produção, conta com estrutura robusta, com barramento monobloco fundido, e é ideal para usinagens que exijam potência e torque elevado, garantindo alto desempenho e mais precisão.
A linha GL conta com sistema de compensação térmica, que permite obter resultados dimensionais estáveis mesmo com oscilações de temperatura em longos períodos de trabalho. Outro diferencial é o cabeçote principal com motor tipo built-in, um sistema compacto quando comparado aos convencionais . Os modelos oferecem velocidade de avanço de 30m/min nos eixos X e Z.
A nova geração GL está disponível em quatro diferentes versões: T, equipada com torre porta-ferramentas de 12 posições para ferramentas fixas e cabeçote móvel servoacionado; M, com torre porta-ferramentas de 12 posições para ferramentas acionadas e cabeçote móvel servoacionado; Y, com torre porta-ferramentas de 12 posições para ferramentas acionadas e eixo Y com curso de até 150mm (+ ou – 75mm), possibilitando operações de fresamento, furação e rosqueamento fora da linha de centro, numa única fixação; e a versão S, com torre porta-ferramentas de 12 posições para ferramentas acionadas e eixo Y, e ainda possui o cabeçote direito com motor do tipo built-in, possibilitando a usinagem dos dois lados da peça.
