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02/11/2018

Setor industrial critica fim do ministério da Indústria

(04/11/2018) – A inclusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) na proposta de enxugamento do número de ministérios proposta pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, desagradou muitos representantes da indústria. O futuro presidente quer reduzir os atuais 29 ministérios para 15, ou, no máximo, 17.

Principal formulador da política econômica do novo governo, o economista Paulo Guedes defende que o MDIC seja fundido com os ministérios da Fazenda e Planejamento, para formar um superministério da Economia, do qual ele seria o tzar.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já divulgou nota contrária à decisão. Para a entidade, é “imprescindível” que o Brasil tenha um ministério forte e independente para elaborar, executar e coordenar políticas para o setor industrial.

“Tendo em vista a importância do setor industrial para o Brasil, que é responsável por 21% do PIB nacional e pelo recolhimento de 32% dos impostos federais, precisamos de um ministério com um papel específico, que não seja atrelado à Fazenda, mais preocupada em arrecadar impostos e administrar as contas públicas”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Também o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), Fernando Pimentel, considerou a decisão “um equívoco”. “A indústria está se renovando no mundo inteiro, com a Indústria 4.0. Um ministério para o setor é fundamental para discutir políticas”, disse ele. “Não vejo o Brasil dando certo sem uma indústria relevante. Colocar a indústria como uma secretaria ou algo assim é diminuir sua importância”, acrescentou.

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse, por sua vez, ter recebido com surpresa a proposta de subordinação do MDIC à Fazenda. “Bolsonaro tinha se comprometido a não incluir o MDIC nessa reestruturação. Lamento profundamente que tenha mudado de ideia”, disse ele.

Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior entre 2007 e 2010, lembrou que a fusão já foi tentada no governo de Fernando Collor e não deu certo. “O tema da Fazenda é o funcionamento do Estado. E o MDIC trata do setor privado”, explicou.

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