(07/10/2018) – O Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações lançou na última terça-feira, 2, em Brasília, o Plano de Ação de Tecnologias Convergentes e Habilitadoras, cujo objetivo é impulsionar a pesquisa e a aplicação de inovações como fotônica, manufatura avançada e nanomateriais, dentre outras.
O plano foi construído a partir da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) e tem prazo de execução até 2022. As primeiras ações serão voltadas para a área de nanotecnologia, que abrange tanto microssubstâncias orgânicas quanto metais, cerâmicas e outros tipos de materiais. O objetivo do plano é estabelecer uma política de Estado que torne o Brasil uma referência neste setor.
A escolha da nanotecnologia como o passo inicial do programa não foi casual. Por compreender uma área do conhecimento classificada como transversal, isto é, que pode ser relacionada com várias outras, a nanotecnologia é, segundo o plano, a mais decisiva para gerar um ciclo acelerado de desenvolvimento.
O documento coloca como o principal desafio fortalecer o que chama de um “ecossistema de nanotecnologia”, em que centros de pesquisa, laboratórios e programas nacionais possam prover soluções para empresas e agentes com vista a aplicar essas inovações no mercado em diversas atividades econômicas.
“O Brasil não está bem nos rankings de inovação. Precisa evoluir mais, e a nanotecnologia é um caminho para isto”, disse o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do ministério, Maximiliano Martinhão.
Para Martinhão, os maiores obstáculos para o desenvolvimento da nanotecnologia no País são a falta de integração entre centros de pesquisa e o setor privado, o financiamento limitado para pesquisa, a dificuldade de comercialização de nanoprodutos, o pouco fomento específico para essas soluções tecnológicas e o baixo suporte a ecossistemas e redes regionais.
Além das estratégias de aplicação, o plano define ainda as áreas que deverão receber mais investimentos em inovação nanotecnológica: saúde e meio ambiente; defesa e segurança pública; energia e mobilidade; agricultura; descoberta inteligente de novos materiais; e mapeamento geológico marinho.