(23/09/2018) – A CNI – Confederação Nacional da Indústria entregou aos candidatos à Presidência da República uma proposta para que eles assumam a defesa de um Brasil mais competitivo, e que cresça economicamente e gere melhores empregos.
Para isso, segundo a entidade, é imperativo que se reforce a capacidade de inovação do setor produtivo, ampliando e melhorando os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de se aprimorar o marco legal e organizar a governança da inovação no país.
“Diversos países adotam políticas de ciência, tecnologia e inovação, de apoio ao desenvolvimento e de assimilação de tecnologias com potencial de mercado”, afirma Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI e superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). “No Brasil, porém, os mecanismos de suporte às atividades de inovação ainda não se mostram capazes de alavancar os resultados desejados”.
Entre 2017 e 2018, o Brasil ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação, um dos principais indicadores internacionais, mas está ainda na 64.a posição, entre 127 economias analisadas. Pior do que isso, a evolução está aquém de vários outros países, como a China, que é o primeiro país de renda média a entrar no rol dos 20 mais inovadores do mundo. Apesar de ser a maior economia da América Latina, o Brasil é apenas o 6.o melhor colocado do ranking na região.
Os 43 documentos com propostas da CNI para o novo governo foram elaborados com base no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, que aponta os caminhos para o Brasil construir, nos próximos quatro anos, uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.
Os estudos sugerem ações em áreas como eficiência do estado, segurança jurídica, infraestrutura, tributação, educação, meio ambiente, inovação, financiamento e segurança pública.
As propostas foram discutidas com os presidenciáveis durante o Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República, que reuniu cerca de 2 mil líderes empresariais em julho, em Brasília. A CNI apresenta as propostas da indústria aos presidenciáveis desde a eleição de 1994.