São Paulo, 26 de abril de 2024

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31/08/2018

A corrida tecnológica pelos carros voadores


(02/09/2018) – Neste momento, mais de uma dezena de projetos de carros voadores estão em desenvolvimento ao redor do mundo, numa corrida tecnológica que envolve grandes players da indústria automotiva e de tecnologia. Na semana passada duas notícias aqueceram este mercado: o governo japonês anunciou a criação de um supergrupo industrial para criar um carro voador e a Uber divulgou o Brasil está entre os primeiros países que poderão receber serviço UberAir, que será implantado a partir de 2023 (também estão concorrendo Austrália, Índia, Japão e França).

Dentro de cinco anos, “os clientes da Uber poderão apertar um botão e obter um voo sob demanda com a UberAir em Dallas, Los Angeles e em um terceiro mercado internacional”, informou a empresa. “Para tanto, montamos uma rede de parceiros que inclui fabricantes de veículos, incorporadores imobiliários [para desenvolver os “pontos de taxi”], desenvolvedores de tecnologia e muito mais”, completou a Uber, que tem a Embraer como um de seus parceiros na plataforma Uber Elevate, como já informado aqui no Usinagem-Brasil (veja aqui).

A princípio, o supergrupo montado pelo governo japonês contará com 21 empresas e organizações, entre elas Uber, Boeing, Airbus, NEC, Cartivator (startup ligada à Toyota), ANA Holdings, Japan Airlines e Yamato Holding. De acordo com o ministro da Economia do Japão, o governo irá auxiliar essas empresas a desenvolver todo o conceito de carros voadores e criar regras aceitáveis para a produção e utilização desses veículos (a exemplo dos aviões, os carros voadores precisarão conseguir a aprovação de diversas agências reguladoras antes que possam ser liberados para venda).

Segundo a imprensa internacional, “como o Japão demorou para iniciar o desenvolvimento de carros elétricos e de veículos autônomos, o governo do país acredita que é necessário fazer todo o possível para que o país não se atrase também no desenvolvimento de automóveis voadores”.

AUDI-AIRBUS – Outros fortes concorrentes nessa corrida são a Audi e a Airbus. Há cerca de dois meses, o governo alemão concedeu às duas empresas autorização para o início dos testes de carros voadores nas proximidades da cidade de Ingolstadt, onde fica a fábrica da Audi, a 500 km de Berlim. Os primeiros testes ainda não foram marcados.

Em março passado, no Salão do Automóvel de Genebra, Audi e Airbus apresentaram um conceito de cabine de passageiros para ser acoplada tanto em um chassi de carro como em um drone. Batizado de Pop.Up Next, o protótipo tem capacidade para duas pessoas.

Em entrevista à agência Bloomberg, o ministro dos Transportes da Alemanha, Andreas Scheuer, disse que “os táxis voadores não são mais uma visão, eles podem nos levar a uma nova dimensão de mobilidade. Eles abrem novas possibilidades, incluindo o transporte médico em cidades e áreas urbanas”.

NO UNIVERSO DOS JETSONS – Quem foi criança nos anos 1960 e 1970 (a série também foi reprisada nos anos 1980, com novos episódios), certamente se encantou com a série Os Jetsons, com suas casas suspensas, os robôs e, claro, os carros voadores. Hoje, são tantos projetos em curso que nos fazem crer que o universo futurístico dos Jetsons está batendo à nossa porta.

Além dos projetos da Uber e da Audi/Airbus, existe uma série de outros, utilizando diferentes tecnologias e diferentes formatos – uns que se aproximam dos aviões, de helicópteros, enquanto outros se assemelham aos atuais drones. O que todos têm em comum é a busca de uma alternativa que seja prática, segura, que ajude a descongestionar as vias terrestres e – é, claro – que os leve a vencer essa corrida.

ROLLS-ROYCE – Há pouco mais de um mês, a britânica Rolls-Royce divulgou planos de lançar táxis voadores de propulsão elétrica e decolagem vertical, no qual as asas podem mudar de posição, facilitando pousos e decolagens. Cobrindo distâncias de até 800 km, com velocidade máxima de 400 km/h, teria capacidade para 4 ou 5 passageiros.

Na visão da Rolls-Royce, “um novo mercado no setor aeroespacial está sendo aberto para veículos elétricos de decolagem e aterrissagem, com uma combinação de novas tecnologias elétricas e autônomas, associada a com fatores externos, como uma população cada vez mais urbana e o desejo infindável da humanidade de se mudar mais rapidamente de A para B”.


KITTY HAWK – Empresa norte-americana, a Kitty Hawk – que recebeu financiamento de Larry Page, cofundador do Google – trabalha em dois projetos. Um deles é o Cora, que tem aparência de avião e asas para garantir estabilidade nos voos, mas decola e aterrissa na vertical. O objetivo é torná-lo autônomo, sem necessidade de um piloto. A companhia pretende lançar um serviço de táxi aéreo nos moldes dos aplicativos de carro, com dois lugares e capacidade para atingir 900 m de altura e velocidade de 177 km/h, com uma autonomia de 100 km. Anunciado em março, o veículo está em fase testes, sem previsão de lançamento.

O outro projeto da Kitty Hawk tem características mais recreativas. Trata-se do Flyer, misto de drone e carro voador, de operação bem simples. Segundo a fabricante, o usuário precisaria de apenas uma hora de instruções para pilotar o veículo, o que se dá através de um joystick. Fácil de usar, ele carrega apenas uma pessoa e faz 20 minutos de voo com velocidade de até 30 km/h, a no máximo 10 m de altura. O modelo funciona com dez rotores movidos por eletricidade fornecida por uma bateria de lítio. Sem data prevista para o início das vendas, o veículo está em fase de testes nos EUA.

BLACKFLY – Projeto criado pela startup canadense Opener, o BlackFly faz decolagem vertical e pode voar por cerca de 40 km a quase 100 km/h. Em desenvolvimento há nove anos, já passou por inúmeros testes e completou mais de 1.400 voos no Canadá. De acordo com a fabricante, a aeronave consome menos energia e é mais silenciosa do que carros a gasolina e elétricos e é capaz de levantar voo e aterrissar sobre asfalto, grama, neve e gelo. Este projeto também conta com financiamento de Larry Page.


EHANG 184 – Um dos modelos em estágio mais avançado de desenvolvimento, segundo a imprensa internacional, é o Ehang 184. Projeto chinês, apresentado em 2016, já contabiliza mais de 1 mil voos bem-sucedidos, em diversas condições climáticas. Autônomo, de funcionamento elétrico, tem aparência de drone (é um quadricóptero), tem câmeras integradas e não permite qualquer pilotagem ao passageiro, que deverá apenas informar o destino da viagem. Sozinha, a aeronave decola, traça a rota, desvia de obstáculos e aterrissa. Caso algo dê errado, um piloto profissional intervirá por uma estação remota. O modelo testado até aqui comporta apenas uma pessoa, mas a companhia afirma que vai produzir uma versão com dois lugares.

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