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17/03/2018

Parceria Brasil e Alemanha na pesquisa de terras raras


(18/03/2018) – Pesquisadores alemães e brasileiros estão trabalhando para desenvolver a tecnologia necessária para explorar de modo mais eficiente as terras-raras, elementos químicos essenciais na fabricação de eletrônicos como tablets e smartphones. Este é o tema de reportagem publicada recentemente pelo portal Deutsche Welle.

Com 22 milhões de toneladas, o Brasil só fica atrás da China em reservas de terras-raras. Falta ao país, porém, tecnologia que possibilite a sua exploração e a elaboração de um produto final de forma competitiva para o mercado internacional.

Para mudar este cenário, pesquisadores de sete instituições brasileiras e sete alemãs trabalham no projeto Regina (Rare Earth Global Industry and New Application, ou Indústria Global de Terras-Raras e Novas Aplicações). O projeto parte de estudos em estágio avançado realizados pelos dois países.

“O grande desafio é desenvolver tecnologias sustentáveis e com custo competitivo em relação ao praticado pelos chineses. O projeto combina qualidade do produto, custo baixo e preservação ambiental”, afirma na reportagem Fernando Landgraf, diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), uma das instituições que integram o Regina.

Brouwer destaca que o objetivo final do projeto é a produção de um "superímã verde de terras raras", ou seja, de menor impacto ambiental e feito a partir das terras-raras que sobram na exploração do nióbio. Esses ímãs são usados, por exemplo, em turbinas geradoras de energia eólica.

CONCORRÊNCIA – O mercado internacional de terras raras é dominado pela China, que controla cerca de 90% da oferta. A dependência preocupa a indústria de alta tecnologia, que, desde 2011, já enfrentou duas explosões de preços. Isso gerou insegurança no mercado, que movimenta cerca de 5 bilhões de dólares por ano.

O Brasil contribui com apenas cerca de 1% da produção global, mas pode se tornar um concorrente de peso da China caso consiga oferecer um produto final a preços atraentes. A parceira de pesquisa com a Alemanha abre caminho para impulsionar o desenvolvimento tecnológico necessário para isso.

Segundo Landgraf, o mercado de terras-raras é um nicho, mas de grande potencial. Além da instabilidade no mercado global, o pesquisador prevê que haverá um aumento no preço praticado pela China, que está se esforçando para produzir de maneira que prejudique menos o meio ambiente.

Para os alemães, completa a reportagem, o sucesso do projeto é fundamental para reduzir a dependência da Alemanha da China como fornecedor da matéria-prima. “Ambos os lados sairão ganhando: a Alemanha terá uma nova fonte de recursos e um novo parceiro estratégico; o Brasil poderá comercializar e agregar valor à matéria-prima”, afirma a engenheira Eva Brouwer, do departamento de pesquisa sobre ímãs do Instituto Fraunhofer IWKS.

RECURSO ESTRATÉGICO – As terras-raras, compostas por um grupo de 17 elementos químicos e presentes em mais de 250 espécies minerais conhecidas, são utilizadas em quase todos os produtos eletrônicos modernos, desde smartphones e escovas de dente elétricas até carros elétricos.

Com países buscando alternativas para reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global, carros elétricos e geração de energia limpa ganham mais espaço, o que deve aumentar a demanda por terras-raras.

A Alemanha, por exemplo, anunciou o fechamento de todas as suas usinas nucleares até 2022. A geração de energia será substituída por fontes renováveis, e o sucesso dessa transição depende dos ímãs de terras raras.

Para a futura tecnologia teuto-brasileira, os pesquisadores pretendem usar a monazita, considerada um resíduo da mineração de nióbio no complexo de Araxá, em Minas Gerais.

A pesquisa conjunta, coordenada pela Universidade Federal de Santa Catarina (USFC) e pelo Instituto Fraunhofer IWKS, irá abordar todas as etapas do processo de produção desses ímãs, desde a separação da monazita, que contém terras raras, passando pelo desenvolvimento da liga de neodímio-ferro-boro até a fabricação do superímã. Em todas as etapas, a questão ambiental é um fator central.

Para ler a reportagem completa da Deutsche Welle Clique Aqui

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