São Paulo, 28 de março de 2024

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17/03/2018

Governo cria linha de crédito de R$ 9 bi para Indústria 4.0

(18/03/2018) – O governo lançou na semana passada a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0. O pacote inclui a criação de linhas de crédito no total de R$ 9,1 bilhões para financiar a modernização das plantas produtivas, produção de máquinas e sistemas, além de medidas como alíquota zero para a importação de robôs, capacitação profissional e recursos para fábricas do futuro.

Sob coordenação do MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em parceria com a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a Agenda é resultado de debate com o setor produtivo nacional. As medidas contemplam ações que vão da difusão deste novo conceito à disponibilização de linhas crédito mais acessíveis para que indústrias de todos os portes possam investir na adoção ou geração de novas tecnologias.

“A recuperação da economia brasileira e a melhoria do ambiente de negócios trazem oportunidades para o investimento em inovação e a transformação das plantas industriais atuais em fábricas inteligentes e modulares”, explica o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge.

O conjunto de medidas, estruturado a partir do conceito de jornada para a indústria 4.0, prevê amplo suporte ao empresário que pretende seguir o caminho da transformação digital. “Eficiência, controle de processos, qualidade dos produtos e segurança dos trabalhadores se impõem hoje como condição para o setor produtivo avançar rumo à indústria 4.0”, diz Marcos Jorge, ministro Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

“A indústria 4.0 deve mobilizar imediatamente nosso setor produtivo. O futuro da economia brasileira necessariamente passa por essa nova Revolução Industrial. A sociedade e todas as esferas do poder público também precisam estar preparadas para esse novo tempo. Precisamos de um esforço conjunto, que posicione o Brasil estrategicamente nesse contexto global”, explica o presidente da ABDI, Guto Ferreira.

MEDIDAS – A jornada para a Indústria 4.0 segue, inicialmente, as etapas apresentadas a seguir.

Sensibilização – Ainda há no Brasil grande desconhecimento sobre os conceitos da indústria 4.0 e suas aplicações. Buscando ampliar o acesso a esse novo universo de possibilidades para o setor produtivo, e assim como ocorreu em outros países, será executada campanha permanente de comunicação, principalmente em meios digitais, para disseminação dos conceitos e aplicações-piloto, com instituições parceiras e conforme demanda do público-alvo. Também estão previstas as realizações de seminários e workshops.

Avaliação e oportunidades de negócios – No portal da Agenda, o empreendedor brasileiro poderá acessar uma plataforma para a avaliação do grau de maturidade do seu negócio em relação a jornada para a indústria 4.0. Pela avaliação de dimensões tecnológicas, operacionais, organizacionais e estratégicas, as empresas poderão identificar os primeiros passos em sua transformação digital. Além disso, haverá uma plataforma de serviços, integrada a de avaliação, que permitirá ao empreendedor se conectar às empresas que ofertam tecnologia, para apoiarem as indústrias brasileiras nesta jornada. A meta é avaliar pelo menos 3 mil empresas em dois anos.

Fábricas do futuro – O MDIC e a ABDI, em parceria com agências federais e estaduais de fomento, financiarão o desenvolvimento das chamadas fábricas do futuro, que são ambientes reais para testes de soluções inovadoras (testbeds), para que possam ser, posteriormente, aplicadas no processo produtivo. Serão destinados R$ 30 milhões a 20 projetos de testbeds, entre recursos públicos e privados.

Conexão entre startups e indústrias – A Agenda Brasil 4.0 contempla a aproximação entre indústrias e startups, por meio do programa Startup Indústria 4.0, desenvolvido pela ABDI, que irá destinar R$ 30 milhões até 2019, entre recursos públicos e privados, para que empresas nascentes desenvolvam soluções tecnológicas para as indústrias nacionais. Outra frente desse programa é a disseminação de processos que promovam as mudanças culturais necessárias para que as indústrias alcancem o patamar 4.0. A meta é a de apoiar 50 indústrias e 100 startups no período.

Financiamento – Instituições financeiras públicas e privadas, entendendo a importância do desenvolvimento de projetos tecnológico e de inovação na indústria nacional, oferecem linhas de crédito especiais para a modernização das plantas produtivas, produção de máquinas ou sistemas. A expectativa é atuar na superação dos desafios da indústria, apoiando a inovação nas empresas brasileiras tendo como foco a adoção de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0. A iniciativa envolve atualmente Finep, BNDES e BASA, cujas linhas de crédito, com perfis distintos, somam cerca de R$ 9,1 bilhões: BNDES, R$ 5 bilhões em três anos; FINEP, R$ 3 bilhões em três anos; e BASA, R$ 1,1 bilhão.

Revisão de normas – A Agenda prevê ainda a revisão de normas. Definir as regras legais de forma adequada é condição básica para que as empresas brasileiras migrem para o modelo 4.0. Por isso, foi proposta uma agenda de reformas legais e infralegais, entre as quais destacam-se, prioritariamente:

Robôs colaborativos (COBOT): atualização de diversas normas (NR-12, ISO 10218:1, 13849, por exemplo) para acelerar a robotização da indústria brasileira.

Polo Industrial de Manaus (PIM) 4.0: ajustes de instrumentos (PPBs, P&D, PPIs etc) para permitir que as empresas do PIM realizem investimentos na modernização e digitalização do seu parque industrial.

Privacidade e proteção de dados: aprovação de marco legal que garanta segurança jurídica à indústria em um contexto digital.

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