(10/12/2017) – A Toyoda, fabricante de máquinas de origem japonesa e integrante do grupo JTEKT, vive um novo momento no mercado brasileiro. Após a decisão de interromper a produção local de retíficas CNC e a consequente concentração da fabricação de máquinas no Japão, a filial está adotando nova estratégia para crescer no mercado brasileiro.
O primeiro passo foi a transferência da sede da filial de Itu (SP) para um novo prédio em Indaiatuba (SP). No local, com área de 1 mil m², estão instalados o estoque de peças, assim como o Departamento Comercial e de Assistência Técnica. Para fevereiro de 2018 está prevista a inauguração do showroom da marca no País. “Estamos também ampliando a nossa oferta de máquinas no Brasil”, diz Ricardo Bortolucci, gerente de Vendas para América do Sul. “Antes o foco era muito concentrado nas retíficas, mas também produzimos centros de usinagem verticais e horizontais e fresadoras portal”.
Na nova estrutura, a filial brasileira passou a responder à filial norte-americana, a JTEKT Toyoda Amercias Corp, que passou a controlar as três Américas. “Isso nos trouxe mais agilidade nas informações, além de poder contar com uma estrutura de US$ 25 milhões em peças de reposição, US$ 40 milhões em estoque de maquinas e 76 engenheiros de serviço, trazendo mais presença para nossos clientes”, observa o gerente.
Bortolucci destaca que os boatos de que a Toyoda iria deixar o mercado brasileiro não passam disso: boatos. “Além de o Brasil ser um grande mercado de máquinas-ferramenta, somos os únicos responsáveis por abastecer e suportar nossa empresa-mãe, a Toyota Motors, com a nossa linha de PLCs, o ToyoPuc, que está presente em todas as linhas de automação da Toyota e suas subsidiárias”, afirma.
Aliás, a própria Toyota acaba de adquirir quatro novos centros de usinagem horizontais da Toyoda para a sua fábrica de motores em Porto Feliz (SP), para a linha de acabamento de cabeçotes. Com mais estas máquinas, a Toyoda soma 36 máquinas instaladas nas plantas da Toyota em Porto Feliz e na unidade de São Bernardo do Campo (SP).
Bortolucci também se mostra confiante na retomada do mercado nacional. “A indústria automotiva – nosso principal cliente – está voltando e essa tendência deve ser manter para o próximo ano”, informa, acrescentando que também tem boas expectativas com a recuperação da indústria de máquinas de construção (linha amarela) e de óleo e gás. “Este ano estamos fechando o exercício com faturamento 50% acima do ano passado e, para o próximo ano, nossa expectativa é repetir essa faixa de crescimento”.
