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19/08/2017

Embrapii: inovação exige mais participação do setor privado

(20/08/2017) – Há dois anos à frente da Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, Jorge Guimarães tem reunido esforços para levar o Brasil a melhores posições no ranking da produção de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Para isso, ele defende a necessidade da iniciativa privada do país injetar um percentual maior dos seus recursos em ciência e tecnologia (C&T).

"Precisamos aumentar o percentual do PIB [Produto Interno Bruto] que é aplicado em ciência e mudar a lógica dos investimentos em PD&I, elevando a participação do setor privado", afirmou Guimarães, durante a 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), na UFMG, em Belo Horizonte, no mês passado. “Precisamos atrair a participação de empresas no percentual de investimentos brasileiros".

De acordo com ele, países como Israel, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e China, que integram o que batizou de “Liga da Ciência”, aplicam anualmente em ciência e tecnologia 2% ou mais do PIB e contam com 3 mil cientistas e engenheiros por milhão de habitantes. “Desse percentual aplicado em ciência, 70% ou mais são recursos que provêm de empresas privadas", acrescentou.

Enquanto isso, do lado brasileiro, foram aplicados 1,2% do PIB em ciência, em 2013. No mesmo período, existiam 700 cientistas e engenheiros por milhão de habitantes. "60% dos recursos direcionados a P&D eram públicos. Os dados são de um período em que a Petrobras participava ativamente desses 1,2% do PIB o que, com a crise, não acontece mais", observou Guimarães.

Para o presidente da Embrapii, os cursos de pós-graduação no Brasil continuam formando muitos profissionais, um sinal bastante positivo. Ainda assim, segundo ele, o país deveria triplicar o número de cientistas e engenheiros. O acadêmico também enxerga que o Brasil deveria aplicar, no mínimo, 2% em PD&I. Em números reais, isso equivaleria a um aporte adicional de US$ 24 bilhões por ano sobre o percentual aplicado hoje.

"Infelizmente, diante do cenário atual, eu perdi essa expectativa no curto prazo", lamentou Guimarães, que logo em seguida apontou um desafio mais próximo de solução: chamar a iniciativa privada a investir em PD&I. "Hoje o governo aplica 60% em PD&I e as empresas, 40%. Na Embrapii, nós atuamos para inverter essa lógica. Hoje, 42% dos recursos são da Embrapii e 58% da iniciativa privada", comentou.

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