São Paulo, 26 de abril de 2024

08/07/2017

Abordagem prática para controlar perdas na fabricação II

(09/07/2017) (Continuação) – Ferramentas de redução de desperdício – Depois que o desperdício é identificado e categorizado, a oficina deve criar um plano para reduzi-lo ou eliminá-lo. Existe uma grande variedade de ferramentas que permitem a um fabricante indicar, quantificar e minimizar práticas dispendiosas. Por exemplo, análise de uso da ferramenta, manipulação e deterioração podem apontar áreas de problemas.

Essas análises têm mostrado que, em alguns casos, de 20 a 30% das ferramentas que os profissionais definiram como desgastadas, na verdade, ainda estavam viáveis – a duração restante da ferramenta era desperdiçada. Estabelecer critérios claros de desgaste da ferramenta e comunicar os padrões para o pessoal da oficina reduz significativamente o desperdício da vida útil da ferramenta.

Da mesma forma, análises de tempo de inatividade da máquina quantificam o tempo gasto em atividades como configuração, programação e troca da ferramenta. Essas análises geralmente indicam que de 50 a 60% do tempo de inatividade da máquina pode ser evitado quando se tem melhor compreensão, execução e coordenação dessas atividades necessário, porém demoradas.

O uso de entrevistas, pesquisas e programas de treinamento pode revelar muitas informações úteis ao lidar com questões de pessoal que levam ao desperdício de recursos intelectuais, bem como conhecimentos e habilidades não percebidos. Como resultado, os funcionários realizam melhor seus trabalhos e criam capabilidades que maximizam a produtividade dos funcionários.

Gerenciamento de atividades de valor agregado, valor capacitador e desnecessárias. No início do século 20, o engenheiro industrial norte-americano Fredrick Taylor estudou operações de produção e propôs que as melhorias na produtividade fossem feitas pela eliminação de todas as atividades de um processo que não agregassem valor ao produto final. As diretrizes da moderna fabricação "lean" seguem essa linha de pensamento.

Nas operações de usinagem, a única atividade real de valor agregado ocorre quando a ferramenta é de corte de metal e de produção de cavacos. Outras ações, como carregamento e fixação de peças, atividades temporárias de valor capacitador, não diretamente agregam valor ao produto fabricado, mas são necessárias para permitir que a atividade de valor agregado ocorra.

Um terceiro grupo de atividades no sistema de usinagem são as desnecessárias. Essas atividades não criam valor nem permitem sua criação, mas consomem recursos sem qualquer benefício. Elas são puramente ocasiões de desperdício. A solução de problemas é um exemplo de atividade desnecessária. Se um processo for adequadamente projetado e controlado desde o início, não haverá problemas e nenhum tempo será gasto para resolvê-los.

Figura 5 – imagem esquemática de uma produção de usinagem e todos os elementos relacionados a ela.

Conclusão – Grande parte das atividades passadas e desnecessárias foi aceita como parte do processo de fabricação e não reconhecida como grandes rompedoras da economia de produção equilibrada. Atualmente, a atenção está se voltando para a eliminação ou minimização de atividades desnecessárias. O foco da produtividade ou planejamento de capacidade recai sobre a eliminação de atividades desnecessárias, minimizar atividades de valor capacitador e otimizar as de valor agregado. (Consulte a figura 6).

Figura 6 – Visão geral de atividades de valor agregado (laranja), atividades de valor capacitador (azul) e atividades desnecessárias (vermelho). O fator humano (cinza) é o fator principal para alcançar a melhor percepção na fabricação de desempenho superior.

Quando o desperdício é eliminado, a economia de produção teórica se torna prática. Nesse ponto, o progresso em relação à economia de produção pode ser aplicado diretamente ao sucesso da empresa. No entanto, na tentativa de eliminar todas as ocasiões de desperdício, é necessário ter cuidado. É importante quantificar o retorno sobre o investimento das atividades de redução de desperdício. Eliminar totalmente certa incidência de desperdícios pode envolver um investimento tão grande do ponto de vista econômico que pode ser melhor aceitar o desperdício, ou parte dele, e conviver com ele. Tais decisões são tomadas depois de uma análise quantitativa apropriada, bem como dentro da empresa, sobre como elas afetarão as metas e as filosofias da empresa.

Consultoria da Seco Tools – Na medida em que a fabricação de produtos se torna mais sofisticada, os usuários têm mais necessidade de assistência na aplicação para obterem máximos benefícios das novas tecnologias. Na usinagem, o nível inicial de assistência é a diretriz para a seleção da ferramenta certa para determinada operação. Depois que uma ferramenta é selecionada, outras informações facilitam a escolha de condições de corte otimizadas, uso de líquido de refrigeração e outras considerações. Em seguida, se uma ferramenta não funcionar como esperado nessa operação, o fornecedor pode ajudar na solução do problema. Esses três modos de assistência compõem os serviços tradicionais da usinagem.

Quando o serviço de usinagem se expande de uma única aplicação para cobrir um processo em que uma peça está sujeita a várias operações realizadas em uma ou mais máquinas, os usuários finais precisam de orientação ao dispor a sequência de operações, manipulação de peças e outros fatores para maximizar a eficiência e a produtividade. Esse nível de assistência pode ser chamado de serviço de engenharia.

Com cada vez mais frequência os fabricantes buscam sentido para melhorar funções, resultados e controle de custos para toda uma produção ou organização. Nesses casos, algumas empresas independentes de consultoria executam o que eles descrevem como consultoria de gestão ou fabricação. No entanto, para fazer uma verdadeira avaliação de uma organização de fabricação, é essencial compreender completamente as operações centrais do negócio.

Aplicando sua longa e extensa compreensão dos processos de usinagem e conjunto de ferramentas, a Seco Tools oferece serviços tradicionais de usinagem, serviços de engenharia e serviços de consultoria mais amplos por várias décadas. Esses serviços eram oferecidos conforme a demanda e a situação, mas, em 2016, a empresa formou seus Serviços de Consultoria para oferecer aos clientes uma variedade mais simplificada e responsiva de serviços de fabricação.

Os serviços de consultoria da Seco Tools incluem ampla gama de recursos específicos e métodos de entrega. Seleção da ferramentas e assistência na aplicação estão disponíveis on-line continuamente para poder oferecer uma resposta imediata às necessidades de produtividade do chão de fábrica.

Os serviços de engenharia podem começar com a comunicação eletrônica e estender-se até visitas ao local, se necessário. Os serviços também incluem análise abrangente e orientação envolvendo a operação de todas as funções em uma produção. Esses serviços podem incluir consulta de manutenção da ferramenta de usinagem, layout da produção, logística e funções organizacionais. Conselhos sobre questões de habilidades e conhecimentos das pessoas e a relação entre as técnicas de fabricação empregadas com as estratégias de produção da organização e considerações de custos podem também ser incluídos.

Cada relacionamento de Consultoria da Seco se baseia no conceito NEXT STEP, mas também é personalizado conforme as necessidades específicas da organização participante, além de existir um diálogo entre a Seco Tools e o cliente com o foco em um objetivo comum.

(*)Artigo produzido pela equipe de negenharia da Seco Tools na Suécia

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