São Paulo, 26 de abril de 2024

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15/04/2017

Indústria do plástico quer alterar encíclica papal

(16/04/2017) – A carta encíclica Laudato Si, escrita pelo Papa Francisco, aborda os cuidados que os católicos devem ter com o planeta Terra – a nossa “Casa Comum”. Publicada em maio de 2015, a encíclica sugere em determinado trecho aos fiéis “evitar o uso de material plástico”.

Essa sugestão levou Jaime Lorandi, presidente do Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho, a dar início a uma articulação internacional da indústria do plástico junto ao Vaticano visando alterar este trecho. Para dar uma ideia do tamanho da tarefa, nunca em toda a história da igreja católica o texto de uma encíclica foi alterado.

Como parte desta articulação, com aval da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, Lorandi apresentou a proposta ao conselho da Aliplast – Associação Latino-americana da Indústria Plástica, no encontro realizado durante a Feiplastic 2017, com representantes das associações nacionais de Argentina, Equador, México e Peru.

Lorandi informa já ter realizado contatos com o Vaticano e com a chancelaria do Papa Francisco, por meio de cartas, intermediação bispal, incluindo contato direto com cardeais na Basílica de São Pedro. “Os religiosos ligados ao Papa e representantes da Secretaria de Estado do Vaticano foram muito receptivos e compreenderam a necessidade de existir este diálogo e colocaram-se à disposição. Agora, cabe às lideranças internacionais do setor de plástico unirem-se e elaborar um projeto de diálogo com o Vaticano, com o objetivo de sensibilizar os cardeais da Secretaria de Estado, e, posteriormente, dialogar com o Papa Francisco”, afirma Lorandi.

“A maioria dos povos descartam os produtos pós-consumo de forma não ecológica, tratando-os como lixo e jogando-os no meio ambiente. Esta forma errônea de destinação criou uma mentalidade de que os plásticos poluem, gerando uma onda de desinformação contra o uso do material”, justifica Lorandi. ”Caso a humanidade evite ou exclua os plásticos de sua vida, haverá muito mais famintos, sedentos, despidos, doentes, desabrigados e com menos possibilidade de deslocamento geral. Inclusive, haverá maior dano ambiental, provocado pelo uso de outros materiais que exigem maiores recursos naturais e energéticos”.

“É dever das pessoas que possuem conhecimento aprofundado em plásticos, em humanidade e em uso de recursos naturais e energéticos, informar a todos sobre os benefícios deste material e alertar sobre os perigos consequentes de seu desuso e eliminação. Caso haja alteração na orientação da encíclica, este fato histórico trará uma grande repercussão positiva na cultura da reciclagem, principalmente nos países ocidentais”, afirmou Lorandi, acrescentando que a ideia é subsidiar o Vaticano com informações completas e atualizadas a respeito dos benefícios dos plásticos para a humanidade, em particular seu ciclo de reaproveitamento.

De acordo com Lorandi, a ideia já conta com apoio de fabricantes de máquinas para plástico do Brasil e da Europa (especificamente da Itália). Na Feiplastic, a delegação do México se prontificou a levar a proposta à associação da América do Norte, que reúne as indústrias do Canadá e dos Estados Unidos.

“Agora queremos o apoio da ONU. Queremos obter o suporte de organizações mundiais, como a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), para que elas também tenham conhecimento da importância do plástico para a alimentação e a saúde do planeta”, concluiu Lorandi.

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