(16/01/2017) – A redução de 0,75 ponto percentual na SELIC, definida na semana passada, após a primeira reunião do ano do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central é uma medida insuficiente, na avaliação do presidente executivo da Abimaq, José Velloso.
“Em função de o Banco Central ter atuado de forma extremamente conservadora nas últimas reuniões de 2016, determinando cortes irrisórios da taxa de juros, a redução em 0,75 ponto percentual agora supõe ser um valor alto. No entanto, não é”, afirma Velloso.
O presidente lembra que os atuais 13% da Selic colocam o Brasil no topo do ranking das maiores taxas de juros do mundo. E complementa: situando-se oito pontos acima da projeção da inflação dos próximos 12 meses.
“Este é um valor inaceitável perante o desemprego e a recessão que vivemos no país. O corte deveria ter sido muito maior”, destaca Velloso. Para ele, o Banco Central teria de reduzir a Selic em quatro pontos percentuais, para que o Brasil perca o status de detentor da taxa mais alta do mundo.
João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq, acrescenta que uma redução drástica da taxa de juros é crucial tanto para a retomada da atividade econômica, quanto para a melhora da trajetória das contas públicas.